sábado, 17 de março de 2012

Gênesis capítulo 14

- Gn.14: 1a11 – Interessante vermos a guerra de cinco reis contra quatro, a revolta de alguns reis contra a dominação exercida por Quedorloamer e seus reis aliados. Abraão nada tinha a ver com esses acontecimentos, como um cidadão do céu e tendo seus tesouros escondidos em Deus, ele não despertava nenhum interesse ou cobiça dos reis da terra, estava fora dos conflitos. Ló porém, habitante de Sodoma, estava no centro do conflito, ele havia estabelecido seus interesses junto com o mundo que despreza Deus, assim, quando chegou a guerra e as tempestades, ele estava bem no meio dela.

Pedro no diz que a “alma justa de Ló era afligida dia a dia pelo que via e ouvia das obras injustas cometidas em Sodoma” (IIPe.2: 8), mas que testemunho podia ele ter frente a essas obras quando ele mesmo estabeleceu ali as suas “tendas”? Ló não estava em Sodoma para ser um testemunho de Deus e sim porque Sodoma lhe oferece privilégios financeiros em uma “campina bem regada”. Quantas vezes não defendemos nossa posição
privilegiada em algum negócio ou situação que sabemos serem maus diantes do
Senhor co o argumento de que, desse modo, somos mais úteis ao serviço e que no fim os lucros serão revertidos para a obra. Que terrível é esta posição a que Samuel refuta dizendo: “Obedecer é melhor do que sacrificar; e o atender melhor é de que a gordura de carneiros” (ISm.15: 22).

- Gn.14: 12a17 - Qual destes dois homens serviu melhor ao Senhor, Abraão ou Ló? O que foi para Sodoma e se imiscuiu ao mundo, ou o que saiu dele e de sua terra e até mesmo de sua parentela? Não é a história destes dois homens uma prova indiscutível de que o meio mais eficaz de servir ao mundo é ser-se fiel para com ele por meio da SEPARAÇÃO e, assim, testificar contra ele e seus caminhos? Jamais podemos nos misturar ao mundo com o fim de ganhar o mundo, isto não passa de “ensino de demônios”.

Faz-se necessário lembrar que uma genuína separação do mundo só pode ser resultado de comunhão com Deus. Eu posso separar-me do mundo e tornar, a mim mesmo, o centro do “meu ser”, a semelhança de um monge ou de um cínico, fazendo pecado ainda maior. A separação para Deus é algo muito diferente. Uma esfria-se e contrai-se a outra aquece e expande.
Aquela lança-nos sobre nós mesmo, esta faz-nos sair em atividade e amor pelos outros. A primeira faz da personalidade e dos seus interesses o nosso centro; a última faz de Deus e Sua glória o nosso centro. Assim, no caso de Abraão, vemos que a sua separação o capacitou a prestar um serviço ainda maior àquele que se havia metido em dificuldades pelos seus caminhos mundanos.

- Gn.14: 14- “Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã”.
A fé verdadeira, ao mesmo tempo que nos torna INDEPENDENTES, jamais nos
torna INDIFERENTES. Abrão pensa a Ló como “irmão que estava preso” e não
simplesmente como alguém que dele se havia separado indo atrás das campinas bem regadas de Sodoma.

Existem três coisas que a verdadeira fé gera em um coração contrito: A fé “purifica co coração”, “age por amor” e “vence o mundo” (respectivamente: At.15:19, Ef.3:17, IJo.5:4).

O Rei de Sodoma e Melquisedeque.

- Gn.14: 18a24 – Vemos claramente nesta passagem que um homem de fé não está livre dos assaltos do inimigo; e acontece que invariavelmente após uma vitória, encontra-se uma nova tentação.
Assim aconteceu com Abrão: “O rei de Sodoma, saiu-lhe ao encontro (depois de
ferir a Quedorloamer e os reis que estavam com ele)”. O rei de Sodoma e o rei Quedorloamer representam as faces distintas em que o inimigo se apresenta: No primeiro o silvo da serpente e, no segundo, o rugido do Leão. “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra”; ÓH bendita sabedoria e intervenção de nosso Deus! Ele não interveio tão diretamente quando Abrão foi enfrentar o poder militar de Quedorloamer; mas isto foi necessário quando o inimigo se apresentou lisonjeiro e sedutor oferecendo os bens materiais pertencentes à Sodoma. Abrão precisava ouvir a confirmação da antiga promessa: “pertencente ao Deus altíssimo, possuidor dos céus e da terra”. Abrão foi lembrado de que em seu Deus ele possuía tudo, Sodoma nada tinha para ele. Assim, lendo a Palavra de nosso Deus (Bíblia), todos os dias somos lembrados de nossa cidadania celestial e de que nenhuma herança podemos desejar neste mundo que pelo fogo será consumido muito em breve (IIPe.3: 7).

O pão e o vinho animaram o espírito de Abrão na terrível batalha que teria ao dizer não para o rei de Sodoma e sua oferta sedutora. Abrão compreendeu que um homem que era bendito de Deus, não precisava tomar coisa alguma do inimigo. E se o Possuidor dos céus e da terra enchia sua visão, os “bens” de Sodoma jamais teriam poder de seduzi-lo ou arrancar-lhe o foco.

“Levantei minha mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, Jurando que desde um fio até a correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão” (Gn.14:22be23); Como poderia Abrão pensar em libertar Ló do poder sedutor do mundo se ele mesmo tivesse sucumbido às mesmas tentações? A única
forma de libertar outros é ser eu mesmo dele liberto. Enquanto eu permanecer no fogo é-me impossível tirar alguém dele. O CAMINHO DE SEPARAÇAO é o caminho de poder, paz com Deus e Bem-aventurança. Em meio a maior prova, Deus sempre é o maior escudo para aqueles que Nele confiam! “Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele” (IICr.16: 9). Assim, Melquesideque fortaleceu Abrão, que nada tomou de Sodoma para si. Aleluia e Glória, eternamente, ao Nosso Deus!!!

Como um servo leal e compassivo do nosso Deus, Abrão entende que não poderia obrigar seus confederados (exército aliado Gn.14: 13- Manre, Escol e Aner), aqueles que lutaram ao seu lado, na batalha contra Quedorloamer, a seguirem seu mesmo exemplo de renúncia; assim ele os deixa livres para a escolha e diz: “Estes que tomem a sua parte” (Gn.14: 24). Quanto a eles, estavam livres para a escolha, provavelmente, até poderiam escolher o mundo, pois jamais foram “eleitos e chamados” para dele saírem.

Que Deus muito os abençoe!!

sábado, 3 de março de 2012

Genesis 12: 1 a 20.

Gen.12: 1 a 4 - A chamada de Abraão: “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei....
Assim partiu Abrão.......” Observando a ordem dada por Deus, podemos ver que
era uma prova muito difícil para Abraão, pois ele deveria se despedir de todos
os seus familiares, isto incluía seu pai e também seu sobrinho órfão, Ló.
Abraão, então, partiu de Ur dos caldeus, porém, com ele levou seu pai e
sobrinho (Gen11: 31), seus laços de carne e sangue e parou em Harã, que ficava
na metade do caminho para chegar a Canaã, a terra prometida por Deus. Assim,
ele não se desvencilhou de seus parentes mais próximos e nem chegou até o
destino ordenado por Deus.

Atos7: 2 a 4 - E ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora (Canaã).
Precisamos observar que a narrativa do capítulo 11 não está em ordem cronológica com o capítulo 12, pois, preocupa-se em apresentar as genealogias e não o momento exato da chamada. Assim, devemos compreender, através da mensagem de Estevão (At.7), que a chamada de Abraão ocorre ainda em Ur dos caldeus e que, ele deveria ir só, não poderia levar sua parentela. Desta forma, o Senhor, pacientemente, começa a quebrar os laços de carne, começando com Terá, pai de Abraão, que morre em Harã, antes que ele partisse em definitivo para Canaã. Abraão e, apenas Abraão, foi escolhido para ser causa da bênção para todas as famílias da terra. Assim, ele ainda precisaria compreender que, separar-se do seu sobrinho Ló, também era uma exigência divina, ainda que os olhos humanos não
pudessem entender este princípio da operação de Deus.

Embora chamado para Canaã, Abraão demora-se em Harã, até que os laços da natureza
fossem quebrados pela morte. As influências da natureza são sempre hostis à plena realização e poder prático da “chamada de Deus”. Somente a morte quebra esses laços que nos prendem à natureza e ao mundo. É preciso que compreendamos a verdade de que morremos em Cristo (Gl.6: 14), estamos crucificados para o mundo; A cruz de Cristo é para nós o que o Mar Vermelho foi para Israel, a saber, aquilo que nos separa, para sempre, da terra, da morte e do julgamento.

Gostaria de apontar aqui alguns aspectos da Cruz de Cristo como base de nossa adoração e de nossa paz com Deus.A mesma Cruz que me liga com Deus separou-me do mundo. Um homem morto, acabou, evidentemente, para o mundo; e tendo ressuscitado com Cristo, está ligado com Deus no poder de uma nova vida, uma nova natureza. Estando assim inseparavelmente unido com Cristo, ele participa da Sua aceitação com Deus, e
na Sua rejeição pelo mundo. A primeira faz dele um adorador e cidadão do céu; a
segunda torna-o uma testemunha e um estrangeiro na terra.

Não sabemos quanto tempo Abraão se demorou em Harã, até que livre do obstáculo da natureza ele pudesse obedecer plenamente à ordenação de Deus para ir a Canaã. Vemos que Deus, pacientemente e graciosamente, esperou por Seu servo. Contudo não houve adaptação ou mudanças no mandato do Senhor, nem houveram novas revelações à Abraão durante o tempo de sua permanência em Harã. É bom notarmos esse fato, que devemos agir segundo a luz comunicada, somente então, Deus nos dará mais Luz. Àquele que tem se dará (Mt.13: 12). Há, quão grande a nossa dificuldade e reluntância em quebrar todos os laços para, então, vivermos uma cega e plena obediência a Deus; não conseguimos perceber que existe verdadeira benção para alma em cada ato de obediência, pois a obediência é fruto da fé.

Gen.12: 4 a 6 - Deus não nos obriga a obedecê-lo, porém nos cativa, diante dos nossos olhos coloca figuras de esperança e expectativa. Foi assim no caso de Abraão, o “Deus da glória” lhe apareceu. Com o fim de por diante de sua visão um objeto atraente: “uma terra
que eu te mostrarei”. A terra de Deus era, no parecer da nova natureza – o juízo da fé – muito melhor que Ur ou Harã; embora ele nunca a tivesse visto, a fé julgava valer a pena possuí-la. Ela não era apenas digna de ser possuída, mas também que valia a pena deixar todas as coisas presentes por ela. Por isso lemos: “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hb.11: 8). Abraão jamais vira a terra, porém andava “por fé e não por vista” (IICor.5: 7), e a fé descansa em um terreno muito mais sólido do que a evidencia dos nossos sentidos, isto é, a Palavra de Deus.

É preciso ver uma aplicação prática deste andar pela fé que esta aliançada à nova natureza adquirida em Deus pela Cruz de Cristo. Todos podem aceitar o ensino de que devemos renunciar o mundo para ganharmos o céu, mas como pode a natureza decaída renunciar àquilo a que está aliançada? O homem natural não vê encantos no céu e nem mesmo deseja morar nele, ainda que, por medo, até possa desejar escapar do inferno e seus
tormentos, mas temos que entender que o desejo de escapar do inferno, e o desejo de se chagar ao céu, partem de duas origens diferentes. O primeiro pode existir na velha natureza, mas o segundo, somente na Nova.

Quao diferente é o evangelho de um sistema legalista onde se procura servir a Deus
com a própria força humana, pois o evangelho da Glória de Deus (ITim.1: 11) nos
revela o Próprio Deus vindo ao mundo, tirando o pecado pelo sacrifício da Cruz e, não somente isto, mas também concedendo uma nova vida, uma nova natureza ao pecador que antes jazia morto em seus delitos e pecados (Ef.2: 1). Seria impossível educar e dominar, por meio de dogmas de uma religião sistemática, uma natureza irremediavelmente corrompida, de maneira a que eu possa desse modo renunciar o mundo que amo, e alcançar um céu que detesto, Deus, em graça infinita, e com base no sacrifício de Cristo, concede-me uma natureza que pode gozar o céu, e o céu para essa natureza gozar é Ele Próprio, a fonte infalível de toda a alegria do céu.

Gen.12: 6 a 8 – “E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra”. Certamente, a presença dos cananeus na terra de Deus seria uma grande prova para Abrão. Seria uma exigência de Deus para sua fé. “E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua semente darei esta terra”. Vemos a
ligação entre os dois relatos, os cananeus estavam na terra, mas para que os olhos de Abrão não se fixassem neles, o Senhor aparece a Abrão e reafirma a promessa. Os cananeus na terra são a expressão do poder de satanás. Mas não temos que estar ocupados e preocupados com o poder de satanás, temos que estar focados em nossa herança e no poder de Nosso General, Jesus Cristo. “E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda........ e edificou ali um altar ao SENHOR, e invocou o nome do SENHOR”. É maravilhoso percebermos que o altar e a tenda nos dão os dois grandes traços do caráter de Abrão: Adorador de Deus e estrangeiro na terra. Nada tendo no mundo, temos, todavia, tudo em Deus.

É preciso observar que se os céus nunca tivessem nuvens, e o oceano nunca se agitasse, o crente não conheceria tão bem o Deus com quem temos que tratar. Quando toas as coisas correm agradavelmente, os nossos bens e negócios em plena segurança, somos propensos a confundir a paz que repousa sobre tais circunstâncias com aquela paz que emana do conhecimento da presença de Cristo. O Senhor conhece isto, portanto vem, de um ou de outro modo, e sacode o apoio; isto é, se estivemos descansando nas circunstâncias, ao invés de esperarmos n’Ele. Somos, propensos a pensar que uma carreira de retidão pode ser medida pela ausência de provações e lutas, quando, na verdade, a carreira de obediência é sempre muito difícil para a carne e o sangue. Abrão não encontrou somente os cananeus, mas também “havia fome na terra”.

Gen.12: 9a12 - Abrão estava no lugar onde Deus o havia posto; e, evidentemente, não recebeu instrução para deixá-lo. A fome estava ali; e, além disso, o Egito ficava perto,oferecendo alívio da pressão; ainda assim o dever do servo de Deus era claro. É melhor morrer-se de fome em Canaã, se assim tiver de ser, do que viver na luxúria do Egito. É melhor sofrer no caminho de Deus do que estar à vontade no de satanás. É melhor ser pobre com Cristo do que rico sem Ele. No Egito Abrão obteve ovelhas, vacas,
jumentos, servos, servas, jumentas e camelos (Gn.12: 16), para muitos, prova real de que ele havia tomado a decisão correta. Mas, Óh!! Ele nao tinha altar – não Havia comunhão com Deus. O Egito não era lugar da presença de Deus. Abrão perdeu muito mais do que ganhou indo para lá. Quantos, para evitar a provação e o exercício espiritual ligado com o caminho de Deus, se têm desviado para as correntes do presente século mau. Pode muito bem ser que tenham conseguido, como na frase popular, “feito dinheiro”, aumentados os bens, conseguido os favores do mundo e que sejam “muito estimados” pelos seus faraós, alcançado um nome e uma boa posição entres os homens. Será que estas coisas podem ser
comparadas com a intima comunhão com Deus? E podemos trocar uma pela outra?
Muitos têm trocado o Senhor por um pouco de bem estar, alguma influência e dinheiro neste mundo.

Gen.12: 13 a 20 – “Ora, bem sei que és mulher formosa à vista; E será que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é sua mulher. E matar-me-ão a mim, e a ti te guardarão em vida. Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti. e foi a mulher tomada para a casa de Faraó.........E fez bem a Abrão por amor dela; e ele teve ovelhas, vacas, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos”. Aqui vemos o pai da fé, o nosso herói Abrão, usando de uma triste artimanha, ele já tinha cometido o pecado de descer ao Egito, agora, deliberadamente, se utiliza da beleza de sua esposa para obter os favores financeiros de Faraó, correndo até mesmo o risco de expor sua esposa à vergonha do adultério. Devemos entender que os caminhos do Egito sempre partem em na mais íngrime descida rumo ao precipício e, se não fosse a
intervenção divina, o pior teria acontecido a Sarai. Porém o Senhor a protegeu – “feriu, porém, o SENHOR a Faraó e a sua casa, com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão”.

A Bíblia deixa claro que Abrão era um pecador dependente da Graça de Deus, como qualquer um de nós e que, assim como ele, todos, quando tentados a seguir o curso deste mundo, devemos lembrar d’Aquele “que se deu a Si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus, nosso Pai” (Gl.1: 4). Que Deus nos guarde em Sua mão e à sombra de Suas Asas, até vermos Jesus como Ele é, e sermos semelhantes a Ele, andarmos e estarmos com Ele para sempre.

Os Carismáticos e a Soberania de Satanás

Outro dia recebi uma carta interessante. Ela veio de algumas pessoas que saíram de uma igreja carismática (muito grande e proeminente), e vieram para a Grace Community Church.
Esse foi um salto gigantesco — deixar aquela igreja e vir para a Grace Church. A única coisa que eles sabiam em sua igreja sobre mim era que eu não tinha o poder do Espírito Santo. Isso era tudo o que sabiam — que eu não cria na continuação dos dons, de forma que não tinha o poder do Espírito Santo.Eles não sabiam muito mais sobre a nossa igreja, mas numa ocasião vieram visitar a Grace, e nunca mais a deixaram... Havia várias pessoas que estavam nesse grupo que veio, e uma das senhoras me escreveu uma carta muito interessante. Era uma carta incrivelmente bem escrita... E na carta, o apresentado foi isso: Quando você pensa no movimento carismático em geral, você pensa no falar em línguas, nas curas, ou em Benny Hinn derrubando as pessoas, e coisas assim. Mas existem algumas coisas por trás da cosmovisão carismática que são realmente muito, muito aterrorizantes. E ela colocou isso na carta. Ela disse:Você sabe que vivemos toda a nossa vida nesse movimento e uma coisa que domina esse movimento é isso: que Satanás é soberano. Se você adoece, foi o diabo. Se seu filho fica doente, foi o diabo. O diabo fez seu filho adoecer. E mesmo que seu filho morra, Satanás de alguma forma tem a vitória. Se o seu cônjuge, seu marido ou esposa desenvolve um câncer, foi o diabo que fez isso. Se você sofre um acidente, o diabo fez isso. Se perde o seu emprego, foi o diabo também. Se as coisas não saem da forma como você queria na sua empresa ou família, e você termina perdendo o seu emprego ou se divorciando — o diabo fez tudo isso. O diabo precisa ser amarrado e assim, você precisa aprender essas fórmulas, pois você tem que prender o diabo, ou ele realmente irá controlar tudo em sua vida.O diabo domina tudo, e ele é assistido por essa força massiva de demônios que devem ser confrontados também, e você precisa fazer tudo o que .pode para tentar vencer esses poderes espirituais, e como eles são invisíveis, rápidos e poderosos, é realmente impossível que você lide com eles de uma vez por todas, de forma que essa é uma luta contínua e incessante com o diabo.E a senhora na carta disse basicamente isso: “Vivemos toda a nossa vida pensando que tudo o que fazemos de errado no universo inteiro foi basicamente por causa do diabo. O diabo é realmente soberano em tudo e mesmo Deus, juntamente conosco, está na verdade lutando como louco para vencer o diabo."Ela disse:"Eu vivia com palpitações no coração, ataques de pânico, ansiedade, pesadelos — andando no meio da noite com medo que o diabo poderia estar fazendo algo com meu filho, quando ele ia se deitar. Eu vivia nesse constante terror do que Satanás estava fazendo; quando a pessoa errada era eleita, foi Satanás quem o colocou ali. Quando a sociedade tomava certa direção, era tudo sob o controle de Satanás. Satanás é realmente o soberano de todas as coisas e é muito difícil tirar o controle dele — mesmo Deus está retorcendo Suas mãos, tentando obter o controle dessa situação.Eu vivia com esse medo e terror, pois levava minha igreja muito a sério." E ela disse: "Cheguei na Grace Commumty Church e uma coisa me chocou totalmente. Você disse:“O fato é: Deus está no controle de todas as coisas!... Quando você adoece, ou quando alguém desenvolve um câncer, ou quando algo errado se passa no mundo, ou quando você perde o seu emprego, isso não está fora das tolerâncias de Deus, isso não está fora dos propósitos de Deus. De tato, Deus faz com que todas as coisas cooperem para o bem.”Isso foi absolutamente abalador. Foi uma mudança total para nós, e a diferença que encontramos foi tão poderosa, que mudou totalmente a forma como pensamos sobre a vida."É isso! Nós não cremos que Satanás seja responsável pela história; cremos que Deus está no controle. Isso muda tudo. Isso dissipa todo pânico. Posso honestamente dizer que nunca tive um ataque de pânico. Nunca acordei de noite com medo do que o diabo poderia estar fazendo, pois Deus não somente venceu Satanás, mas colocou Satanás debaixo dos nossos pés, e "maior é o que está em vós do que o que está no mundo" (1 João 4:4). Assim, sabemos que Deus controla a história. E isso pode surpreender você, mas o diabo é servo de Deus.

John MacArthur