sábado, 14 de abril de 2012

Gênesis capítulo 10.

Gn.10: 1a5
– “Por estes foram repartidas as ilhas dos gentios nas suas terras, cada
qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações”.
Devemos explicar que este relato não está em ordem cronológica, de tal forma
que da forma que, as genealogias vão sendo apresentadas antes do relato da
torre de Babel, quando surgiram todas as línguas divididas. Estas genealogias, iniciando por Noé, prosseguem em seus descendentes até um período bem posterior a Babel, por isso, os filhos de Javã, tataraneto de Noé, vivem em um mundo onde as línguas já haviam sido divididas.
Gn.10: 6a10 – “E o princípio do seu reino foi Babel...” Gostaria de chamar a atenção para este descendente de Cão, o filho amaldiçoado de Noé, este ilustre representante da semente da serpente. Ele faz de Babel o início de seu reino. Torna-se um poderoso caçador diante dos olhos do Senhor e, certamente, diante dos homens. Vemos que o Senhor não freia seus intentos, antes permite que este homem poderoso de vazão aos seus sonhos de poder e grandeza.
Gn.10: 11a20 – “Estes são os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas terras, em suas nações”. Quero aqui demonstrar, a
descendência originada deste filho de Noé. É interessante notar que no
versículo 14 encontramos os filisteus e no versículo 15, temos Canãa, que foi pai dos sidônios, dos heteus, dos jebuseus, dos amorreus, girgaseus, heveus, arqueu, sineu, arvadeu..... todos os mais terríveis inimigos do povo de Deus surgiram desta genealogia, cumprindo, cabalmente a profecia de Noé sobre a descendência de Cão.
Gn.10: 31 - “Estes são os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, nas suas terras, segundo as suas nações”. É importante notar que os filhos de Sem passaram, em determinado instante, a falar línguas diferentes, ainda que fossem irmãos, fato que torna notório o
evento de Babel, dividindo a língua de pessoas mesmo que elas fossem irmãs.
Assim, é possível que nem os próprios familiares se entendessem após este
evento trazido pelo Senhor.
Agora refletiremos um pouco acerca de Ninrode e sua Babel. O Homem que “começou a ser poderoso sobre a terra” (Gn.10: 8). Ele edificou a a torre que, em tempos futuros daria origem a maior inimiga do povo
de Deus, a Grande Babilônia que, no antigo testamento, aparece como uma cidade que persegue, aprisiona e mata os povo Santo, mas que, no Novo Testamento, aparece como um sistema religioso que corrompe e engana o povo de Deus (Apoc.17: 5e6). Entendemos, desta forma, que a mente por trás da grande Babilônia é sempre a mesma, aparece em toda a Bíblia, está ligada a semente maldita, persegue o povo de Deus e tem sua inspiração na frase cunhada pela serpente e que seduziu o coração da primeira mulher: “Sereis como Deus” (Gn.3:5).
Mal Israel havia iniciado as guerras de conquista de Canãa e uma capa
babilônica lançou vergonha e derrota ao seu exército (Josué7: 21). Desejo apenas frisar que sempre que Deus tem um testemunho corporativo sobre a terra, satanás tem uma Babilônia pronta para manchar e corromper esse testemunho.
Quando Deus liga Seu nome a uma cidade sobre a terra (Jerusalém), então, babilônia toma a forma de uma cidade. Quando Deus liga seu nome com a Igreja, então Babilônia toma a forma de um sistema religioso corrompido, chamado no Apocalípse de “a grande prostituta”, “a mãe das abominações”, etc. É sempre o instrumento talhado pelas mãos de satanás para impedir a operação divina, seja com o Israel do Antigo Testamento ou a Igreja do Novo.
Através de todo velho testamento, Israel e Babilônia soa vistos em franca oposição: Quando Israel se encontra poderoso, Babilônia aparece em decadência e vice-versa. Deste modo, quando Israel falhou inteiramente como testemunho do Senhor, “o rei de Babilônia lhe quebrou os ossos” (Jr.50: 17). Os vasos da casa de Deus, que deveriam permanecer na cidade de Jerusalém, foram, levados para a cidade de Babilônia. No entanto, Isaías, na
sua profecia sublime, conduz-nos ao oposto de tudo isso: Mostra-nos em magnificentes tons, um quadro em que a estrela de Israel se vê em ascendência, e Babilônia em decadência: “E acontecerá que, no dia em que o Senhor vier a dar-te descanso do seu trabalho, e de tremor, e da dura servidão com que te fizeram servir, então proferirás este dito contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor!
A cidade dourada acabou!... Desde que tu caíste, ninguém sobe contra nós para nos cortar” (Is.14: 3a8).
No novo testamento a Babilônia se opõe à esposa do Cordeiro e é, por fim , lançada como uma grande mó ao mar (Apoc.18: 21).
“Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra... Este foi poderoso caçador diante da face do Senhor...O princípio do seu reino foi Babel.....” (Gn.10: 8a10). Quero lembrar que Babel deu origem a Babilônia e que, tal qual o caráter de seu fundador, Ninrode, assim é também o reino por ele fundado: “Caçador diante do Senhor e poderoso sobre a TERRA”. Sempre apresentada como uma influencia poderosa na terra, agindo em antagonismo positivo contra tudo que tem sua origem no céu. Somente após sua queda é que se houve um grito no céu: “Aleluia! Pois já o Senhor, Deus todo-poderoso reina” (Apoc.19: 6). Então toda a caçada poderosa de Babilônia terá acabado para sempre, quer seja a sua caça às feras, para as dominar; ou a sua caça às almas, para as destruir.

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