terça-feira, 30 de agosto de 2011

Frases Spurgeon

"A igreja deve atrair pela diferença e não pela igualdade"."Aprenda a dizer não. Será melhor para você do que aprender latim". "A nova Jerusalém deve, do mesmo modo, ser rodeada e protegida por um largo muro de  não-conformismo para  com o mundo, e de  separação dos Seus  costumes e espírito". "O diabo  raramente criou  algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo"."Hoje em dia ouvimos alguém extrair do seu contexto uma frase isolada

 na Bíblia e clamar: “Eureka!”, como se tivesse descoberto uma nova verdade; no entanto, não achou um diamante, mas um pedaço de vidro quebrado"."Vocês e eu, somos constrangidos a pregar o evangelho, mesmo que nenhuma alma jamais seja convertida por ele; pois o grande propósito do evangelho é a glória de Deus, visto que Deus é glorificado mesmo naqueles que rejeitam o evangelho"."Preguem o evangelho tendo em vista unicamente a glória de Deus, ou então, segurem suas línguas.""Se quando eu chegar ao céu o Senhor me disser: "Spurgeon,  quero que você pregue por toda a eternidade", responderei: "Senhor, dá-me uma Bíblia - é tudo de que preciso". "Se formos fracos em nossa  comunhão com Deus, seremos fracos em tudo".

"Muitos  homens  têm  consciência suficiente  para temer o pecado, mas  não suficiente para salvá-los  dele". "A verdadeira  conversão dá  força  e santidade  ao homem, mas nunca lhe  permite vangloriar-se"."Para um homem que vive para Deus nada é secular, tudo é sagrado". Isaías diz: "Todas as nossas justiças, como trapo da imundícia". Esta afirmação fez Charles Spurgeon  comentar: "Irmãos,  se  nossas  justiças  são  tão  ruins  assim, imaginem  nossas injustiças!"“O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. 


Se  nos  encontramos  incapazes de  frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o  entusiasmo  pelo  evangelho  é extinto, não  é  surpresa  que as  pessoas busquem outras coisas  que  lhes  tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente  pelo caminho da tolice". 

"Não  dês  o coração  a  todas as  palavras ditas – não  as leve  ao coração ou  não lhes dê importância, não atentes para elas, nem procedas como se as tivesse ouvido. Você não pode deter a língua das pessoas; portanto, a melhor coisa é deter os seus próprios ouvidos, e não ligar para o que digam". "Para serem pregadores eficazes devem ser teólogos autênticos".

"Batize seu coração em devoção antes de avançar a correnteza dos afazeres diários"."Pecado e inferno estão casados, a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio".


"Preparem-se, meus jovens amigos, para se tornarem cada vez mais fracos; preparem-se  para  mergulhar  a  níveis  cada vez  mais  baixos  de  auto-estima; preparem-se  para  a auto-aniquilação - e orem para que Deus apresse este processo".

"Novamente,  afirmo  que  desconheço  qualquer  outra  coisa  que  nos  possa  humilhar tão profundamente quanto a doutrina bíblica da eleição. Algumas vezes tenho-me deixado cair no  chão e tenho ficado prostrado, diante dessa verdade, quando procuro compreendê-la até às suas  raízes. Nessas  ocasiões, tenho  distendido  as  minhas  asas, e, à semelhança de uma águia, tenho  alçado  vôo na  direção do  sol. E assim  o meu olhar se tem fixado no alvo, e as minhas asas não me têm decepcionado, pelo menos durante algum tempo. Entretanto, quando  já  fui  me  avizinhando  daquele  alvo, e  quando  aquele  pensamento tomou conta de minha mente - "Deus  vos  escolheu  desde o  princípio para a salvação" – então  senti-me  ofuscado diante do seu resplendor, fiquei pasmo diante da grandiosidade desse pensamento; e, desde aquelas alturas imensas, desci a minha alma estonteada, prostrada e quebrantada, dizendo: Senhor, eu nada represento. Eu sou menos do que nada. Por que eu? Por que eu?". 

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Como Pregar Para Não Converter a Ninguém


Deixe que seu motivo predominante seja assegurar sua própria popularidade.



Preocupe-se mais em agradar do que converter aos seus ouvintes. 



Procure assegurar sua reputação como sendo um pregador famoso e diferente dos outros (para que todos o idolatrem e não prestem atenção na mensagem). 



Fale com um estilo florido, enfeitado e inteiramente fora do alcance da compreensão da maioria das pessoas. 



Seja superficial nas suas considerações para que seus sermões não contenham verdades suficientes para converter alguém. 



Deixe a impressão de que se Deus é tão bom com todos, não enviará ninguém para o inferno. 



Pregue sobre o amor de Deus, mas não fale nada a respeito da santidade do seu amor. 



Evite dar ênfase na doutrina da completa depravação  moral do homem para não vir a ofender o moralista.


domingo, 28 de agosto de 2011

Neemias- capítulo 13.

Ne.13: 1a3- Nestes versículos, o Senhor nos ensina uma lição importantíssima acerca da Santidade do nosso Deus. O Senhor ordena que os amonitas e moabita não participassem da congregação dos filhos de Israel. O Senhor havia separado um povo por sua descendência racial. Ele separou um povo Seu, zeloso de boas obras, um povo que deveria, exclusivamente, ser Dele e que não se contaminaria com outros povos e costumes (Dt.23: 2a6). O Senhor dera ordem clara em Suas ordenanças dizendo assim:
“Rejeitaram os estatutos e a aliança que (Deus) fizera com seus pais, como também as suas advertências (avisos) com que (Deus) protestara contra eles; seguiram os ídolos (“evangélicos”) e se tornaram vãos, e seguiram as nações (hábitos, costumes e cultura) que estavam em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem (não copiassem seus costumes, festividades e diversões carnais) 2 Reis17: 15.

Deus promete libertação de Seu povo e separação de todos os outros povos (Isaias52: 10a12). Precisamos ter uma clara compreensão acerca da Santidade do Nosso Deus e de como Ele conduz seu povo em cada época da história e em cada Testamento (Antigo e Novo), vejamos então:

No Velho Testamento, ou Antiga Aliança Deus separa e santifica para Si um povo conforme sua raça ou descendência. No Novo Testamento Deus se utiliza dos mesmos conceitos de santidade e irá separar um povo para Si conforme sua natureza, não mais pela raça e sim pelo Selo do Espírito SANTO (Efésios1: 13). Deus classifica dois tipos de pessoas em sua essência, Ele separa aqueles que nasceram apenas uma vez, (Rom.5: 12), ou seja, aqueles que nasceram somente da carne (Joao3: 6a e João6:63) daqueles que nasceram duas vezes , tiveram um novo nascimento, nasceram do Espírito Santo (João3: 6b), ao nascer do Espírito, tornaram-se espirituais, nasceram de novo, foram revestidos de uma nova natureza (João1: 13), natureza divina, uma nova essência, tornaram-se filhos de Deus (João1: 12).

Deus anuncia que esses dois tipos de homens estariam sobre a terra e que “o nascido segundo a carne” perseguiria “o nascido segundo o Espírito” (Gálatas4: 29). Uma perpétua inimizade estava estabelecida e Deus ordenara a todos os que Dele nascessem que se separassem de todo os que nasceram uma única vez (IICor.6: 17 e II
Tessalonicenses3: 6) . Os nascidos de Deus, não vivem na prática do pecado (IJoao5: 18), não podem misturar-se com aqueles que andam em obediência ao espírito governante deste mundo (IJoão5: 19), porque estes possuem um forte amor pelo sistema regente no mundo (IJoão2: 15), são dominados e aprisionados pela tríplice estrutura de domínio que o príncipe das trevas organizou afim de escravizar toda a humanidade perdida (IJoão2: 16). Antes de estudarmos essa tríplice cadeia do inferno, concluímos, então, que aos olhos de Deus existem apenas dois tipos de pessoas em todo o universo e que elas jamais poderão estar misturadas em sua essência, ainda que possam conviver no trabalho, na escola, nas repartições e até mesmo na mesma Igreja local, contudo, sempre estarão separadas por natureza, hábitos, costumes e cultura (I Cor.5: 2). Deus ordenara sua separação e, também, o fato de que aquele nascido somente da carne iria, sempre, perseguir aquele que de Deus foi gerado, aquele que, verdadeiramente, nasceu de novo.

Agora vamos estudar, separadamente, cada uma das algemas da tríplice cadeia do inferno que aprisiona os nascidos somente da carne ao sistema regente neste mundo, vejamos (I João2: 16):

-Concupiscência da  carne: Tudo aquilo que o mundo utiliza para estimular nossos instintos carnais.
Para que possamos compreender essa cadeia, precisaremos compreender quais são nossos mais básicos instintos carnais. São eles: Fome, sede, preservação da espécie (desejo sexual). Como satanás poderá trabalhar para estimular esses instintos e nos aprisionar com forças tremendas a este mundo?

Ele jamais fará isso de forma explícita, pois neste caso, seria facilmente descoberto; ele faz isso de forma velada, ele faz o homem estar sempre pensando em seu estômago, nas lanchonetes, bares, comidas exóticas, no desejo de trabalhar e envolver-se cada vez mais em atividades que mantenham suas despensas e prateleiras cheias com “os recursos deste mundo” (Lc.12: 19) e o conforto de uma vida regalada. Os instintos sexuais, em sua grande maioria são ativados por aquilo que se vê, aquilo em que fixamos nossos olhos, que se olha por longo tempo, que se vê na TV. Os apelos sexuais aumentam dia após dia, cada vez mais, os homens amam seus lazeres, suas televisões, suas navegações na rede. Contam com grande alegria acerca das vultuosas somas gastas em televisões e sistemas de som. Investem, também, em canais privados onde se deliciam com as propagandas e todas as formas de consumo e entretenimentos pelos quais lutarão com todas as forças para adquirir, afundando-se, dia após dia, no desejo de serem felizes neste mundo, esquecendo o Reino porvir.

-Concupiscência dos olhos: “Os olhos são a lâmpada do corpo, se os olhos forem bons, todo o corpo terá luz” (Mt.6: 22). Como nos ensinou o Senhor Jesus, os olhos não são
seduzidos apenas por apetites sexuais, pois nem todos cairão pelas mesmas armadilhas. Aqui, nesta cadeia, o inimigo utilizará as belezas e encantos deste mundo para seduzir aqueles que não caíram por outros meios. Lembro-me de um hino que dizia assim: “Passarinhos, belas flores, querem me encantar... são vãos terrestres esplendores, mas contemplo o meu lar...” O Autor desse belo hino, dizia que apreciava todas as maravilhosas obras que Deus fez neste mundo, mas o que ele, realmente, mais desejava, era estar para sempre junto ao Deus que fez as belas obras. Infelizmente, a grande maioria dos cristãos perderam a visão de peregrinos neste mundo e, através das concupiscência dos olhos, estão fascinados com os Shoppings, com os cinemas, com as belas artes de Hollywood, com o consumo desenfreado de tantos prazeres mundanos que chegam ao cúmulo de dizer que é agradável a Deus que tenham uma vida de prazeres neste mundo e, quando acabam de comprar mais um bem de consumo, como um carro ou uma casa, escrevem em grandes letras: “Foi deus que me deu, se você servir a este mesmo deus que eu sirvo (Mamon-Mt.6: 24), ele também te dará bens neste mundo”. O deus deste século promete riquezas neste mundo (Lc.4: 6), mas o Deus dos Céus, o Deus da Bíblia diz: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que Têm riquezas”( Marcos10: 23).

-Soberba da vida: Em algumas traduções mais modernas, esta cadeia aparece com a seguinte frase: “ostentação dos bens”. Esta frase possui o mesmo sentido e amplia o significado da tradução mais antiga que diz “soberba da vida”. Perguntamos então: O que significaria essa cadeia? Como se interpreta, aos olhos de Deus, a soberba da vida ou a ostentação dos bens? Muito simples, queridos irmãos, vejamos um exemplo: Quem
de nós um dia não sentiu prazer em exibir seus novos óculos escuros de griffs caras, suas novas roupas de etiqueta, sua nova moto ou carro, até dar testemunho na Igreja acerca dessa aquisição? Quantos de nós, algum dia, já não desejou aparecer no telão da Igreja para mostrar suas “boas obras” em nome de Deus?
Isso se chama soberba da vida, ostentação dos bens e dos feitos. Quantos de nós já não trabalhou intensamente em busca do reconhecimento profissional, em busca da fama, em busca da recompensa terrena, seja no mundo secular ou na casa de Deus? Isso é soberba da vida!

Satanás disse ao Senhor Jesus: “Transforma essas pedras em pão”, ou seja, mostre que
você é o Filho de Deus, mostre sua capacidade, seu talento, cative o coração da platéia com seus “dons”. Isso é soberba da vida! Talvez, venhamos a nos perguntar: “Se é assim, então quem poderá ser salvo?”(Mc.10:26). Jesus é a Verdade, Ele nunca mentiu, Ele deixou claro que a porta estreita leva ao Reino de Deus, a porta larga leva ao reino dos homens (Lc.16: 15), inicialmente, e seu fim é o inferno de fogo e enxofre. Precisamos escolher por qual porta iremos entrar, porque ninguém poderá servir a “dois senhores”.

Assim, compreendemos a essência das duas espécies de pessoas que habitam o planeta terra. Os nascidos de Deus, que possuem a mente de Cristo (ICor.2: 16) e os nascidos somente da carne,que possuem a mente do mundo (ICor.2: 12e14). Estas duas classes de pessoas, que podem ser encontradas dentro da Igreja, ou nas repartições públicas e em lugares comuns do mundo, talvez não estejam separadas geograficamente ou etnicamente, mas, por ordem de Deus, estarão, essencialmente separadas por toda a eternidade, pois seguem caminhos diferentes e, a santidade de Deus não permite comunhão entre as suas naturezas e afeições. Foi assim no período de Neemias, foi assim na vida do Apóstolo Paulo e será assim na vida de todo verdadeiro discípulo de Cristo Jesus nosso Senhor.

Ne.13: 4- Após todo o ensino acerca da Santidade, veja que acontecimento incrível: “Eliasibe (membro nominal do povo de Deus), sacerdote encarregado da câmara da casa do nosso Deus (parte financeira), se tinha aparentado com Tobias (político)”. Vejam que
abominação ocorreu junto ao povo de Deus, que aliança espúria, que coisa horrível fez o líder do povo de Deus chamado Eliasibe. Vejamos a conseqüência desta união abominável:

Ne.13: 5- O político ímpio Tobias agora tinha uma “câmara grande” dentro da casa de Deus. Ele poderia cuidar dos dízimos que antes ali eram depositados, ele cuidaria dos
bens da Igreja. É possível até que Tobias pudesse ser um ótimo administrador e trazer muitas riquezas para a casa de Deus com seus projetos e sonhos de grandeza, mas isso seria um sacrifício aceitável ao Senhor???

Ne.13: 6a9- Aqui vemos uma notável diferença entre os dois tipos de crentes: Neemias o servo fiel e Eliasibe, o crente aparentado com o mundo. Ambos pertencem à mesma Igreja, fazem parte do povo de Deus, mas possuem atitudes muito diferentes. Eliasibe (carnal), faz aliança com Tobias, cria para ele uma participação na casa de Deus, para isso, Eliasibe remove os utensílios Santos, móveis e demais estruturas da casa e coloca, em seu lugar, os “móveis” de Tobias! Vemos que a casa de Deus, aparentemente, ainda é a mesma, todos poderiam dizer que fisicamente, externamente, é a mesma Casa, mas os olhos espirituais verão que grande mudança ocorreu em seu interior, que grandes mudanças ocorreram em suas “recâmeras”, em seus lugares mais escondidos e reclusos.

Óh irmãos! Quão sutil costuma ser nosso arquiinimigo satanás, quão ardilosamente ele tem conseguido alianças com o povo de Deus, quão terrivelmente ele tem labutado para colocar suas mobílias nas câmaras da Igreja do Senhor. Que possamos ser como Neemias, ele não se conformava simplesmente com o curso das coisas! Ele não desistia do seu Deus; Ele reagiu, ele lutou, se indignou e tomou atitudes: “Atirei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara. Então ordenei que se purificassem as câmaras, e tornei a trazer para ali os utensílios da casa de Deus”. Que atitude maravilhosa podemos ver aqui! Que tremenda obra de restauração. Oxalá, pudéssemos restaurar a casa de Deus à antiga piedade e reverência a tanto perdida em nossos dias.

Ne.13: 10a14- Aqui vemos algo muito especial acontecendo com a casa de Deus. Neemias começa a restaurar a ordem das coisas. Ele inicia restaurando os levitas e cantores aos seus postos. Os levitas deveriam ministrar na casa de Deus. Deveriam cuidar dos sacrifícios e das ofertas alçadas ao Senhor, tinham muitas funções e trabalhos.
Talvez em nossos dias, alguns modernistas possam dizer que uma Igreja “relevante” é aquela que faz boas obras sociais e trabalha junto ao estado ou a iniciativa privada, afim de proporcionar ao mundo uma sociedade mais justa.
Este belíssimo discurso tem seduzido a muitos cristãos de nossos dias. Porém, o Senhor Jesus disse: “Que dizeis vós do Filho do homem? Pedro responde: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” O Senhor então responde: Pedro, não foi carne ou sangue e nem qualquer argumento ou fundamento humano que te revelou isso, “mas meu Pai que está no céu e sobre esta rocha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt.16: 15a18). Que tremendo ensino nos dá o Senhor acerca da compreensão que devemos ter da Sua Igreja e de Sua missão, pois estão condicionadas a uma revelação do Pai; homens não podem compreender isso..! Homens, por motivos interesseiros e egoístas, buscam todas as técnicas possíveis para transformar a Igreja em uma ONG  aceitável e elogiável ao mundo, afirmam que a Igreja “relevante” trabalha no social, tem interesses no bem comum. Óh, quanto isso parece louvável aos homens de negócios que recebem congratulações e tapinhas nas costas por seus feitos em prol do social! Mas a casa de oração, o templo do Espírito Santo, a nação Santa, a geração eleita de Deus arrancou suas raízes deste mundo e sua mais relevante obra é uma completa ruptura com o sistema corruptor do príncipe das trevas. Ela restaura o culto a Deus, exalta a Deus e seus sacrifícios por mais loucos e
sangrentos que pareçam aos falsos crentes, sobem como cheiro suave às narinas de Nosso Deus! Os verdadeiros crentes sempre serão cheios de amor ao próximo e farão muitas obras sociais, mas nunca utilizarão isso como plataforma de auto-promoção
e nem mesmo farão disso o objetivo de ser da Igreja. Pois a reunião da Igreja é um sacrifício de louvor ao nosso Deus, uma promoção da mensagem da cruz e não uma
ferramenta de socialização mundana. Somos chamados ao deserto onde Deus nos
fala ao coração (Oséias2: 14) e não ao Egito, para construir monumentos mundanos
(I Samuel 15: 12).

Ne.13: 15a22- “Naqueles dias, vi em Judá, os que pisavam lagares aos sábados”. Como afirmou Willian Kelly: “Não pretendo dizer que estamos debaixo da Lei do sábado, mas digo que precisamos de graça e que o Dia da Graça (domingo da ressurreição), devia ser, pelo menos, tão importante aos nossos olhos como o sábado era para o homem da
Lei. E seria uma coisa pecaminosa se nós tomássemos vantagem do dia do Senhor para os nossos fins egoístas. O dia do Senhor tem um caráter de Santidade superior ao dia de sábado. O Dia do Senhor tem um caráter de graça sobre todos os filhos da Graça. Nunca devemos esquecer isto. Não é que não devemos utilizá-lo no espírito de Graça e liberdade; mas usá-lo para proveito próprio não é usá-lo para Cristo. É fazer o que fazem os gentios que não conhecem a Deus. Que jamais venhamos a ser como eles”.

Ne.13: 23a25- “Vi também naqueles dias judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas”. Podemos perceber que a contaminação do povo de Deus é sempre progressiva, um deslize do sacerdote Eliasibe, que se aparentou com mundo, unindo-se a Tobias, aparentemente algo sem muita importância, algo que muitos diriam “não ter nada a ver”, porém, este gesto abriu a janela da contaminação,
pois quando o líder não se preocupa em dar o exemplo de uma vida santa, rapidamente os liderados irão pelo mesmo caminho. É isso que vemos aqui, uma desobediência coletiva, o povo de Deus começa a misturar-se com o povo do mundo em casamentos mistos e pecaminosos.

“Seus filhos falavam meio asdodita”. Que estranho sotaque era esse! O Povo separado, o povo santo, agora possuía filhos com uma língua misturada, um estranho sotaque. “Falavam meio asdodita”. Como é triste quando, em nossos dias, após a reunião da Igreja, muitos crentes se reúnem para discutir acerca do campeonato de futebol, acerca
dos seriados da televisão, as notícias do mundo artístico, eles não sabem discutir assuntos Bíblicos, eles perderam o coração de peregrinos, estão inteirados nos assuntos deste mundo, possuem o sotaque e a cultura de um povo mundano. Como deveria ser
maravilhosa a chegada de Abraão em Canaã, todos deveriam dizer, este homem é um
estrangeiro, ele não fala nossa língua! Mas o que vemos hoje no povo de Deus, é que estamos aparentados com este mundo, nossos assuntos, gostos e preferências, não passam de um mundanismo refinado, um erotismo menos apimentado, uma lascívia menos marcante, uma luxúria menos agressiva, um mundanismo maquiado, uma mente carnal e um sotaque egípcio, infelizmente, o mundo não pode nos rejeitar, pois, para eles, somos patrícios e não estrangeiros peregrinos; temos trocado o linguajar celestial pelo sotaque cananeu!

“Contendi com eles, e os amaldiçoei e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos”. Como essa atitude pode parecer estranha em nossos dias! Como um líder do povo de Deus poderia ter uma atitude tão radical e sangrenta contra o pecado? Espancar,
agredir, arrancar os cabelos! Deveríamos agir da mesma forma em nossos dias em que o mundo tem-se aparentado tanto de nossas Igrejas? Gostaria de citar uma frase do Espírito Santo para a Igreja Neotestamentária: “Toda a escritura (Velho testamento) é divinamente inspirada, e proveitosa (útil, eficiente, atual) para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça (2Tim.3: 16).

É óbvio que nos tempos da Nova Aliança, certas práticas adotadas na Antiga aliança, não são mais aplicáveis literalmente, já que vivemos no ministério da Graça e não da Lei, no entanto, quero esclarecer o texto de 2Timóteo, pois este nos diz que toda
escritura é inspirada a apta para o ensino, isso significa que devemos aprender com as atitudes e exemplos registrados no Velho Testamento e, aqui, nesta atitude de Neemias, vemos um homem que não brincava com o pecado, ele sabia o significado de santidade e separação, ele fez o que foi necessário para instruir e servir de exemplo ao povo de Deus, ele não relevou, não titubeou, ele agrediu o pecado, ele não permitiu a mistura mundana, ele foi às últimas conseqüências, não deveríamos seguir o exemplo deixado por este homem de Deus?

Ne.13: 26a31- “Porventura não pecou nisto Salomão........?” Que triste registro temos aqui: O grande rei Salomão que deveria, unicamente, ser lembrado por ter sido o mais
sábio de todos os homens é, aqui, lembrado por ter sido um desobediente, por ter manchado seu ministério e ter sido causa da divisão da nação de Israel (IReis11: 9a11). Este é um fato lamentável, uma triste verdade retratada na Santa Palavra de Deus; não deveríamos nós atentar para tão terríveis conseqüências? Salomão, um líder sábio e abençoado, não atentou para um detalhe, não imaginou que suas mulheres estrangeiras pudessem lhe contaminar o coração. Quantos de nós não estamos brincando com a mistura, quantos de nós não temos feito vistas grossas a pequenos pecados, pequenas permissividades, sem imaginar o tamanho da desgraça que isso poderá gerar em nossa caminhada cristã?

“Também um dos filhos de Joiada, filho de Eliasibe, o sumo sacerdote, era genro de Sambalate, o horonita, por isso o afugentei de mim”.
Oh! Quantos em nossos dias considerariam essa atitude radical demais? Neemias deixa claro que esses que toleravam a mistura, esses que recusavam separar-se do mundo, não poderiam ter comunhão com o povo santo! Teríamos coragem de tomar atitudes assim em nossos dias? Ou será que a Igreja do Deus vivo tem feito opção por ser politicamente correta aos olhos dos humanistas e profundamente manchada aos olhos do Pai? Infelizmente, a moderna Igreja ensina que, se um santo se une a um mundano e ambos caminham de mãos dadas na congregação, a santidade do santo irá contagiar a imundícia do mundano. Esta tem sido a tônica do ensino da Igreja da moderna, mas desejo esclarecer que a Palavra de Deus não ensina isso, antes, pelo contrário, nos ensina que a Santidade depende do Espírito Santo agido em nós e que isso só acontece quando somos fiéis aos ensinos das escrituras, não importando o quanto isso pareça louco para o mundo, nós temos que viver pela fé e não por aquilo que achamos ser
politicamente correto. Não importa a opinião dos crentes carnais que não querem rejeitar o mundo, nossa posição é que: Santidade é separação e ponto final.

Aqueles que o Espírito Santo acresce a Igreja deverão estar sujeitos ao Espírito da Palavra, não temos que mudar as ordenanças de nosso Deus para que fiquem agradáveis aos novos crentes, não, não devemos fazer isso, porque o Espírito Santo convence do pecado , o Espírito Santo acrescenta os que vão se convertendo, a nossa função é ser fiel e pregar o Evangelho da Verdade sem acréscimos ou decréscimos, sem ajustes nem técnicas humanas para adocicar o sal das vidas santas, e como bem disse nosso Senhor
Jesus:

“E de todos sereis odiados por causa do meu nome. Mas não perecerá um só cabelo da vossa cabeça.
Na vossa paciência possuí as vossas almas” (Lucas21: 17a19).

Amém, que assim seja!!

A mais profunda divisão entre os homens - J.I.Packer

A mais profunda divisão entre os homens, neste mundo, pode ser expressa assim: alguns têm conhecimento do pecado, e outros não. Essa divisão não se verifica apenas entre a igreja e o mundo; ela manifesta-se até mesmo na igreja.
O falecido Peter-Sellers, aquele maravilhoso ator que representou vários personagens e deu ao mundo Grytpype-Thynne, Henry Crun, Major Bloodnok, Blue-bottle, Fred Kite, Inspetor Clouseau, Dr. Strangelove, o temível Fu Manchu e muitos outros, disse francamente que não sabia quem ou o que ele era, à parte dos papéis que desempenhava.

Os escritores que falaram sobre ele, referiram-se à máscara por detrás da máscara. Por semelhante modo, a religião pode ser apenas um papel teatral,  produzindo o estado mental que o trecho do Salmo 36.2 atribui aos ímpios: "A transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniqüidade não há de ser descoberta nem detestada".

Que significa conhecer o pecado em nós mesmos? Significa mais do que saber que, algumas vezes, não somos exatamente perfeitos — embora alguns achem difícil chegar a esse ponto. Significa notar os motivos do interesse próprio: a  auto-imposição, o avanço pessoal, a auto-justificação, a auto-satisfação —  motivos esses que estimulam as nossas ações. Significa compreender que esses motivos revelam o nosso verdadeiro "eu", porque procedem do nosso próprio "coração"— não, naturalmente, daquele músculo que bombeia o sangue, e, sim, do âmago real oculto de nossa personalidade, de onde, segundo  Jesus ensinou, procedem "os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os
 homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura" (Mc7.21, 22).

"Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?", declarou Deus por meio do profeta, em Jeremias 17.9, 10. E Ele mesmo deu a resposta: "Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos". Conhecer o pecado, pois, é enfrentar o fato que, em nosso estado caído, não podemos fazer nossos corações assumirem a atitude requerida por Deus, de autonegação, de auto-humilhação, de tomar a cruz e dar a vida em favor do próximo. Alguns, na verdade, podem sentir prazer em ter aparência de religiosos — o Oriente e o Ocidente estão repletos de pessoas para os quais isso representa uma satisfatória viagem pelo "ego". Mas, nenhum ser humano caído aprecia naturalmente as privações e asperezas da auto-entrega ao Deus vivo. Tereza de Ávila foi ousada ao dizer: "Senhor, se é assim que tratas os teus amigos, não me admira que tenhas tão poucos". Finalmente, o conhecimento do pecado é reconhecer que precisamos de perdão, e que, sem perdão, não haverá a mínima esperança de comunhão com Deus.

Como adquirimos o conhecimento do pecado? Por meio da lei de Deus, assevera Paulo — a lei que reflete o caráter de Deus e expressa a sua vontade para o nosso viver, e da qual há elementos gravados na consciência de cada ser humano (cf. Rm 2.14, 15); a lei que foi outorgada no Sinai e explicada pelos profetas, pelos apóstolos e pelo próprio Senhor Jesus.
"Ora. sabemos que tudo o que a lei diz aos que vivem perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" (Rm 3.19, 20). É claro que, quando Paulo fala sobre a "lei", ele indica padrões de viver para Deus, em adoração, bem como de viver para o próximo, por meio do serviço; ele indica também indispensáveis padrões de bondade, assim como
especificações quanto a males proibidos; e, a demanda por constante perfeição (cf. Tg 2.10), que ultrapassa em muito a esforços ocasionais; e, ainda, a declaração do juízo retributivo contra os transgressores da lei. Ora, segundo Paulo ensina, ao nos fazer conscientes do pecado, a lei funciona assim:

1. A lei identifica o pecado, definindo e retratando-o.

2. A lei desperta a desobediência. O pecado é uma espécie de alergia no sistema moral e espiritual do homem caído, uma reação anômala à lei de Deus. O pecado irrompe irracionalmente, sob a forma de um impetuoso desejo, contrário aos mandamentos do Senhor. "Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando
ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência..." (Rm 7.7,8). Todo aquele que procura observar qualquer dos mandamentos de Deus, no nível da motivação, disciplinando-se para querer somente aquilo que Deus quer, passa por uma experiência similar a de Paulo. Desta forma, cada um de nós pode detectar a sua própria depravação total, se até este ponto temos duvidado dela.

3. A lei condena a desobediência por ela mesma fomentada, capacitando-nos assim a nos vermos como realmente somos, isto é, culpados diante de Deus, condenados à morte. "Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri... Por que o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento me enganou [transpondo minhas defesas num ponto, enquanto eu estava ocupado em
repeli-la em outro] e me matou [isto é, trouxe-me à miséria de a cada momento saber que estava perdido]" (Rm 7.9, 11).

Assim, por induzir-nos ao desespero, a lei nos ensina a olhar para fora de nós e de nossas fantasiosas realizações morais e nos ensina a virmos a Cristo como pecadores, para sermos perdoados. Que isso aconteça, faz parte do plano misericordioso de Deus. É conforme Lutero explicou em certa ocasião: "Enquanto os pecados são desconhecidos, não há lugar para a cura, nem esperança de que ela aconteça; pois, os pecadores que
pensam estarem saudáveis, e que não precisam de médico, não suportarão o toque da mão do curador. Portanto, a lei é necessária para nos dar conhecimento do pecado, a fim de que o homem orgulhoso, que pensa estar são, possa ser humilhado pela descoberta de sua imensa iniqüidade pessoal e suspire e anele pela graça que é oferecida em Cristo'' - (The Bondage ofthe Will — A Escravidão da Vontade — tradução de J. I. Packer e
O. R. Johnston
, p. 288). Nas próprias palavras de Paulo: "De maneira que a lei nos serviu de aio paidagõgos, o escravo encarregado da educação de uma criança] para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé" (Gl 3.24).

A isto pode ser acrescentado que Jesus Cristo, o Filho de Deus em carne, pode verdadeiramente ser descrito não somente como a graça encarnada, mas também como a lei encarnada. A sua vida e os seus ensinos revelam a santidade diante de nós, de um modo que tanto nos instrui quanto nos condena. Para muitos crentes, o ato de meditar nas palavras de Jesus tem servido para despertar e aprofundar o senso de pecado, mais do que qualquer outra coisa. Não podemos pensar sobre o pecado com mais
profundidade do que isto: tudo o que somos, moral e espiritualmente, é aquilo que Cristo não é. Já tivemos ocasião de dizer que o conhecimento do pecado vem através do conhecimento de Deus. Agora, devemos acrescentar que esse conhecimento vem principalmente através do conhecimento do Deus encarnado.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A mais profunda divisão entre os homens - J.I.Packer



A mais profunda divisão entre os homens, neste mundo, pode ser expressa assim: alguns têm conhecimento do pecado, e outros não. Essa divisão não se verifica apenas entre a igreja e o mundo; ela manifesta-se até mesmo na igreja.
O falecido Peter-Sellers, aquele maravilhoso ator que representou vários personagens e deu ao mundo Grytpype-Thynne, Henry Crun, Major Bloodnok, Blue-bottle, Fred Kite, Inspetor Clouseau, Dr. Strangelove, o temível Fu Manchu e muitos outros, disse francamente que não sabia quem ou o que ele era, à parte dos papéis que desempenhava.

Os escritores que falaram sobre ele, referiram-se à máscara por detrás da máscara. Por semelhante modo, a religião pode ser apenas um papel teatral, produzindo o estado mental que o trecho do Salmo 36.2 atribui aos ímpios: "A transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniqüidade não há de ser descoberta nem detestada".

Que significa conhecer o pecado em nós mesmos? Significa mais do que saber que, algumas vezes, não somos exatamente perfeitos — embora alguns achem difícil chegar a esse ponto. Significa notar os motivos do interesse próprio: a auto-imposição, o avanço pessoal, a auto-justificação, a auto-satisfação — motivos esses que estimulam as nossas ações. Significa compreender que esses motivos revelam o nosso verdadeiro "eu", porque procedem do nosso próprio "coração"— não, naturalmente, daquele músculo que bombeia o sangue, e, sim, do âmago real oculto de nossa personalidade, de onde, segundo Jesus ensinou, procedem "os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura" (Mc7.21, 22).

"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto;
quem o conhecerá?", declarou Deus por meio do profeta, em Jeremias 17.9, 10. E Ele mesmo deu a resposta: "Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos". Conhecer o pecado, pois, é enfrentar o fato que, em nosso estado caído, não podemos fazer nossos corações assumirem a atitude requerida por Deus, de autonegação, de auto-humilhação, de tomar a cruz e dar a vida em favor do próximo. Alguns, na verdade, podem sentir prazer em ter aparência de religiosos — o Oriente e o Ocidente estão repletos de pessoas para os quais isso representa uma satisfatória viagem pelo "ego". Mas, nenhum ser humano caído aprecia naturalmente as privações e asperezas da auto-entrega ao Deus vivo. Tereza de Ávila foi ousada ao dizer: "Senhor, se é assim que tratas os teus amigos, não me admira que tenhas tão poucos". Finalmente, o conhecimento do pecado é reconhecer que precisamos de perdão, e que, sem perdão, não haverá a mínima esperança de comunhão com Deus.

Como adquirimos o conhecimento do pecado? Por meio da lei de Deus, assevera
Paulo — a lei que reflete o caráter de Deus e expressa a sua vontade para o nosso viver, e da qual há elementos gravados na consciência de cada ser humano (cf. Rm 2.14, 15); a lei que foi outorgada no Sinai e explicada pelos profetas, pelos apóstolos e pelo próprio Senhor Jesus. "Ora. sabemos que tudo o que a lei diz aos que vivem perante Deus, visto
que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" (Rm 3.19, 20). É claro que, quando Paulo fala sobre a "lei", ele indica padrões de viver para Deus, em adoração, bem como de viver para o próximo, por meio do serviço; ele indica também indispensáveis padrões de bondade, assim como especificações quanto a males proibidos; e, a demanda por constante
perfeição (cf. Tg 2.10), que ultrapassa em muito a esforços ocasionais; e, ainda, a declaração do juízo retributivo contra os transgressores da lei. Ora, segundo Paulo ensina, ao nos fazer conscientes do pecado, a lei funciona assim:

1. A lei identifica o pecado, definindo e retratando-o.

2. A lei desperta a desobediência. O pecado é uma espécie de alergia no sistema moral e espiritual do homem caído, uma reação anômala à lei de Deus. O pecado irrompe irracionalmente, sob a forma de um impetuoso desejo, contrário aos mandamentos do Senhor. "Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando
ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência..." (Rm 7.7,8). Todo aquele que procura observar qualquer dos mandamentos de Deus, no nível da motivação, disciplinando-se para querer somente aquilo que Deus quer, passa por uma experiência similar a de Paulo. Desta forma, cada um de nós pode detectar a sua própria depravação total, se até este ponto temos duvidado dela.

3. A lei condena a desobediência por ela mesma fomentada, capacitando-nos assim a nos vermos como realmente somos, isto é, culpados diante de Deus, condenados à morte. "Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri... Por que o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento me enganou [transpondo minhas defesas num ponto, enquanto eu estava ocupado em
repeli-la em outro] e me matou [isto é, trouxe-me à miséria de a cada momento saber que estava perdido]" (Rm 7.9, 11).

Assim, por induzir-nos ao desespero, a lei nos ensina a olhar para fora de nós e de nossas fantasiosas realizações morais e nos ensina a virmos a Cristo como pecadores, para sermos perdoados. Que isso aconteça, faz parte do plano misericordioso de Deus. É conforme Lutero explicou em certa ocasião: "Enquanto os pecados são desconhecidos, não há lugar para a cura, nem esperança de que ela aconteça; pois, os pecadores que
pensam estarem saudáveis, e que não precisam de médico, não suportarão o toque da mão do curador. Portanto, a lei é necessária para nos dar conhecimento do pecado, a fim de que o homem orgulhoso, que pensa estar são, possa ser humilhado pela descoberta de sua imensa iniqüidade pessoal e suspire e anele pela graça que é oferecida em Cristo'' - (The Bondage ofthe Will — A Escravidão da Vontade — tradução de J. I. Packer e
O. R. Johnston, p. 288). Nas próprias palavras de Paulo: "De maneira que a lei nos serviu de aio paidagõgos, o escravo encarregado da educação de uma criança] para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé" (Gl 3.24).

A isto pode ser acrescentado que Jesus Cristo, o Filho de Deus em carne, pode verdadeiramente ser descrito não somente como a graça encarnada, mas também como a lei encarnada. A sua vida e os seus ensinos revelam a santidade diante de nós, de um modo que tanto nos instrui quanto nos condena. Para muitos crentes, o ato de meditar nas palavras de Jesus tem servido para despertar e aprofundar o senso de pecado, mais do que qualquer outra coisa. Não podemos pensar sobre o pecado com mais profundidade do que isto: tudo o que somos, moral e espiritualmente, é aquilo que Cristo não é. Já tivemos ocasião de dizer que o conhecimento do pecado vem através do conhecimento de Deus. Agora, devemos acrescentar que esse conhecimento vem principalmente através do conhecimento do Deus encarnado.

O Falso Convite do Evangelho Atual - John MacArthur


Existe uma compreensão equivocada de que a escolha entre Cristo e os falsos deuses é a escolha entre o desejo de ir para o inferno ou o desejo de ir para o céu. Tenho ouvido pregadores dizerem que o caminho estreito é o  caminho do Cristianismo, escolhido por aqueles que desejam ir para o céu e o caminho largo é aquele que as pessoas escolhem quando se contentam  em ir para o inferno. Porém, esses pregadores estão mal-informados ou  confusos. Não se trata de um contraste entre piedade e Cristianismo de um lado, e a população descrente, luxuriosa, indecente e pagã alegremente a caminho do inferno do outro lado. E um contraste entre dois tipos de religião, ambos os caminhos com o aviso: "Este é o caminho para o céu". Satanás não coloca um sinal indicando: "Inferno — Próxima entrada". Esse não é seu estilo. As pessoas que entram pelo caminho  largo pensam que ele as levará para o céu.

Atitude de Mentes Estreitas

Em Mateus 7.13,14, Jesus mencionou o portão estreito duas vezes e o portão largo apenas uma vez. Da encruzilhada, ambos os caminhos parecem levar à salvação. Ambos prometem a estrada para Deus, para o reino, a glória, as bênçãos, o céu. Porém, só um dos caminhos realmente chega lá.

A principal característica do caminho da vida apontado por Jesus foi sua estreiteza. O caminho largo tinha todos os tipos de tolerância pelo pecado, por leis além da lei de Deus, e por padrões abaixo e além dos padrões de Deus. Todo sistema religioso construído pelo homem faz parte do cenário do caminho largo. Porém, Jesus não procurou maneiras de conciliação ou de acomodação. Ele disse simplesmente: "E necessário deixar o caminho largo. Você precisa entrar pelo caminho estreito. Se você quiser entrar no reino, você tem de ir nesses termos".

Não é suficiente ouvir sermões sobre o portão; não é suficiente respeitar a ética; precisamos atravessar o portão. E não podemos ir a não ser que abandonemos nossa justiça própria, que nos vejamos como mendigos em espírito, lamentando os pecados, humildes diante de um Deus santo, não orgulhosos e cheios de si, famintos e sedentos por retidão, e não crendo que já a possuímos. O inferno estará cheio de pessoas que dmiravam  profundamente o Sermão do Monte. E necessário fazer mais do que isso. E necessário obedecer e agir.

Não podemos ficar do lado de fora e admirar o portão estreito, é necessário deixar tudo para trás e atravessá-lo. Aí está a auto-renúncia  novamente. Atravessamos despojados de tudo. Mas isso não seria uma atitude motivada por uma mentalidade limitada? Isso quer dizer que o Cristianismo não abre espaço para pontos de vista opostos? Nenhuma tolerância compassiva? Nenhuma diversidade?

Exatamente isso. Não agimos dessa maneira por sermos egoístas ou orgulhosos; agimos assim porque foi isso o que Deus nos mandou fazer. Se Deus tivesse dito que há 48 caminhos para a salvação eu pregaria e escreveria sobre todos eles. Mas não há: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos", relembra-nos Atos 4.12, nenhum  outro nome senão Jesus.

No Evangelho de João, Jesus disse: "...Eu sou o pão da vida" (6.35); "...Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida" (14.6); "...o que não entra pela porta no aprisco... é ladrão e salteador... eu sou a porta" (10.1,7). Paulo confirmou essas palavras em lTimóteo 2.5: "Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,  homem". Há apenas um: Cristo e somente Cristo. Esse é um ponto de vista limitado. Mas o Cristianismo é assim. E é a verdade. Temos de entrar nos termos de Deus e pelo portão prescrito por Deus. Cristo é o portão. O Deus Santo tem o direito de determinar as bases da salvação, e ele determinou que seja Jesus Cristo, e apenas ele. Podemos entrar somente por meio dele, pela fé. ' '

Um de Cada Vez

Ele decidiu também que seu povo deve atravessar o portão estreito sozinho.
Isso está implícito na passagem, o qual alguns comentadores dizem que é mais bem expressa pela idéia de catraca ou borboleta. Se você já foi a um zoológico ou a um jogo com um grupo de pessoas, todos provavelmente tiveram de passar por uma catraca. Quando todos se aglomeram no portão e estão com muita pressa tentando entrar ao mesmo tempo, é necessário compreender que passar por uma catraca não é algo que se possa fazer em grupo. É preciso passar um de cada vez. Assim é com o portão estreito.
Atravessar o portão em direção ao reino de Cristo é uma jornada solitária.

Essa idéia é difícil de aceitar porque passamos a vida correndo com a multidão, fazendo parte do grupo, parte do sistema, obtendo a aceitação. Então, de repente, Cristo diz que teremos de passar por essa catraca sozinhos. Estar na igreja não faz de você um cristão, assim como estar numa garagem não o transforma num carro. Cada um deve ir a Cristo sozinho, num compromisso individual de fé penitente e de auto-renúncia. Isso é difícil.

Um Convite Falsificado

Sei que isso choca algumas pessoas, porque ouvimos o tempo todo que é fácil obter a salvação. "Apenas assine este folheto." "É só levantar sua mão!" "Venha à frente enquanto o coro canta mais uma estrofe!" "Apenas repita esta oração." "Convide Jesus a entrar em seu coração." Tudo soa muito simples. O único problema é que nenhuma dessas atitudes tem qualquer relação com a verdadeira salvação ou com atravessar o portão estreito. Esses tipos de convites sugere que Jesus é um tipo de Salvador pobre e lamentável, esperando que tomemos a iniciativa de permitir que ele aja em nós. Isso subentende que a salvação depende da decisão humana, como se o poder que nos salva fosse o poder do "livre-arbítrio" humano.Essa ênfase é um fenômeno caracteristicamente americano que teve início no século 19 com um advogado de Nova York transformado em evangelista, chamado Charles Finney. Ele foi o principal anticalvinista americano, insistindo em que as pessoas são salvas por um ato de pura força de vontade. Portanto, qualquer estratagema necessário para manipular essa vontade constitui num método essencial, porque qualquer coisa capaz de convencê-los a se decidirem ser salvos é legítima. Os fins justificam os meios. E, nesse caso, o manipulador "convite do altar" transformou-se  no foco principal do seu evangelismo.

Até então, os evangelistas americanos eram, em sua maioria, calvinistas, isto é, criam que os pecadores são salvos por ouvir a mensagem do evangelho enquanto Deus o Espírito Santo os desperta de sua morte espiritual. Mas Finney escolheu um caminho diferente. Ele recorreu a apelos emocionais e ensinou que a salvação não exigia uma regeneração soberana por parte de Deus, mas apenas um ato de vontade humana. As pessoas iam à frente numa torrente sob a força de sua habilidade. Na grande maioria dos casos não havia uma conversão real; de fato, Finney mais tarde admitiu que seu ministério havia produzido em sua maior parte semiconvertidos ou "convertidos" temporários. Mas o espetáculo das multidões avolumando-se em direção ao púlpito era muito convincente.

Dwight Moody adotou a técnica de Finney e passou-a adiante para uma geração de evangelistas de estádio e líderes de ministério que ainda algumas vezes promovem fantásticos eventos públicos e manipulam as pessoas para que vão à frente.

De acordo com Jesus, é muito, muito difícil ser salvo. No final de Mateus 7.14, ele diz o seguinte sobre a porta estreita: "...são poucos os que acertam com ela". Não creio que ninguém jamais tenha escorregado e caído no reino de Deus. Isso é graça barata, crença fácil, Cristianismo dietético, uma abordagem superficial, emocional, avivalista: "Eu creio em Jesus!" "Ótimo, você é da família, entre!" Não. Os poucos que acham a porta estreita precisam procurar muito por ela e, então, atravessá-la sozinhos. É difícil encontrar uma igreja ou um pastor ou mesmo um cristão que possa nos orientar até ela. O reino é para aqueles que agonizam para entrar, cujos corações estão despedaçados pelo pecado, que lamentam humildemente, que estão com fome e com sede e esperam ansiosamente que Deus mude sua vida. É difícil porque você tem o inferno todo contra você. Uma das mentiras mais perversas de Satanás no mundo de hoje é a noção de que é fácil se tornar cristão. Não é fácil de modo algum. A porta que você precisa encontrar é muito estreita e você passa por ela sozinho, angustiado pelos seus pecados e ansiando ardentemente pelo perdão.

Alguém pode dizer que isso se parece com a religião do desempenho humano. Não é. Quando você chega a se sentir quebrado, ao reconhecimento de que, por você mesmo não conseguirá passar pela porta estreita, então Cristo derrama em você graça sobre graça para o fortalecer nessa entrada. Ao  ser quebrado, seu poder torna-se o seu recurso. Nossa parte é admitir nosso pecado e incapacidade e rogar por misericórdia e poder do alto.

Nenhuma Bagagem

Não é possível passar por uma catraca com bagagem. Para atravessar a porta estreita que leva ao céu, você deixa para trás todas as posses e passa com as mãos vazias. Não é a porta dos auto-satisfeitos, que desejam carregar todas suas posses consigo, é a porta dos que renunciam a si mesmos, que abandonam toda justiça própria e autoconfiança. Rejeitando tudo o que já foram, deixam para trás o passado. De outra maneira, não poderiam atravessar a porta. Nem ninguém mais poderia.

O jovem líder rico chegou até a porta e perguntou a Jesus o que deveria fazer para entrar no reino. O Senhor disse-lhe para abandonar seu conjunto de malas Gucci e passar. Ele havia encontrado a porta que poucos jamais en¬contram, mas recusou-se a entrar porque era muito egoísta e egocêntrico para fazer o sacrifício que Jesus lhe pediu.O ponto importante aqui é maravilhosamente expresso em Mateus 18.3, em que Jesus diz: "...se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus". A marca distintiva das crianças é fato de que são absolutamente dependentes dos outros e não alcançaram nenhum mérito próprio. Como afirma o escritor do hino: "Nada trago em minhas mãos, apenas à tua cruz me apego". Fé salvadora é mais do que um ato mental; é um desdém pelo próprio ser pecador, uma admissão de desmerecimento, um apelo desarmado: "Senhor, sê misericordioso para comigo, um pecador!" Não há nada de errado em levantar as mãos ou recitar uma pequena oração, mas à parte de uma verdadeira fé em Cristo isso não traz real salvação. Jesus exigiu uma estrita, difícil, radical, dramática admissão de pecaminosidade; um reconhecimento de que não somos nada e não temos nada que nos recomende diante de Deus. A fé começa quando nos lançamos à sua misericórdia para receber o perdão.

Arrependimento e Submissão

Para atravessar a porta estreita, devemos entrar com o coração arrependido pelo pecado, prontos a deixar o amor pelo pecado em favor pelo amor do Senhor. Quando João Batista preparava um povo para receber o Messias, eles iam para ser batizados porque queriam ter seus pecados perdoados. Para qualquer judeu, a preparação para a vinda do Messias e a prontidão para seu reino significavam purificar o coração de todo pecado.

Nós também devemos entrar pela porta estreita em absoluta submissão a Cristo. Ninguém pode ser regenerado, como Cristo indicou em Mateus 7, simplesmente acrescentando Jesus Cristo às suas atividades mundanas. A salvação não é um acréscimo, é uma transformação que leva a uma voluntária submissão à sua Palavra. Toda a mensagem de 1 João resume-se em que, se somos verdadeiramente redimidos, isso se manifestará numa vida transformada na qual confessamos os pecados, obedecemos ao Senhor e manifestamos amor por ele e pelos outros. O milagre divino de uma vida transformada revela verdadeira salvação, resultando num coração que deseja obedecer ao Senhor. Como afirmou Jesus: "...Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos" (Jo 8.31).Se alguém que se denomina cristão não pensa nem age como cristão, este não está no caminho que pensa estar. Provavelmente juntou-se ao bando que atravessa rapidamente a porta larga da falsa religião. Não demonstra nenhuma auto-renúncia: "Ei, traga toda a sua bagagem, toda a sua ambição pessoal, sua vontade, todos os seus desejos egoístas, sua imoralidade, sua falta de arrependimento e até sua relutância em submeter-se inteiramente à liderança de Cristo. Podem passar sem problema pela porta do amor à própria vida!" Muitos alegam ser cristãos, mas ainda são absolutamente indulgentes consigo mesmos. Estes nunca passarão pela porta estreita com toda essa bagagem. Embora talvez não saibam, estão na estrada larga da destruição.

Diante da Encruzilhada

Uma vez atravessada a porta larga, o grupo está todo lá e a vida é fácil: nenhuma regra, nenhuma moralidade rígida e muita tolerância e diversidade enquanto afirmamos que amamos a Jesus. Nesse caminho, todos os desejos do coração decaído são atendidos. Não há necessidade de humildade, nem de se estudar a Palavra de Deus. Nenhum esforço é absolutamente exigido, como um peixe morto flutuando rio abaixo, a corrente faz tudo. É o que Efésios 2.2 descreve como "o curso deste mundo". É a estrada larga onde "o caminho dos ímpios perecerá" (SI 1.6).

Contraste isso com o caminho estreito. A melhor tradução para a passagem de
Mateus 7.13,14 seria um caminho "constrito". A palavra literalmente significa pressionar, ou estar confinado, como um lugar estreito sobre um precipício. Essa é a razão pela qual em Efésios Paulo nos diz que devemos andar de maneira circunspecta, com os olhos abertos sem nos desviarmos. É um caminho muito apertado, cercado de ambos os lados pela mão disciplinadora de Deus. A pessoa escorrega desse lado e logo - plaft! — tem suas juntas espirituais deslocadas. O mesmo acontece do outro lado. As exigências são firmes, estritas, refinadas e claras, não há lugar para qualquer desvio ou abandono. O desejo do nosso coração deve ser cumpri-las, sabendo muito bem que, quando falharmos, Deus nos disciplinará e, então, ele mesmo maravilhosa e amorosamente nos perdoará e nos colocará de novo de pé para cumprir sua vontade.

A escolha, então, é entre estes dois destinos: o caminho largo que leva à destruição e o caminho estreito que é o único caminho para o céu. Todas as formas de religião do desempenho humano - desde o humanismo e o ateísmo (a religião máxima do desempenho humano na qual o próprio homem é Deus) ao pseudocristianismo — terminarão no mesmo inferno. Como disse John Bunyan: "Para alguns, a entrada do inferno são os portais do céu". Que tremendo choque será para algumas pessoas. Do outro lado, o caminho estreio se abrirá numa bem-aventurança eterna. O caminho largo estreita-se num terrível fosso (abismo). O caminho estreito alarga-se nas eternas glórias do céu, a plenitude de uma indizível, eterna, brilhante comunhão de alegria com Deus que não podemos sequer imaginar.

Em Mateus 10.32,33 Jesus diz: "Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus". Você está desejoso de confessar o Cristo do Novo Testamento, que é o verdadeiro Cristo, e o evangelho proclamado por ele, que é o verdadeiro evangelho? Você está livre da vergonha para confessá-los aberta e publicamente? Ou você se envergonha dele e de suas palavras e conseqüentemente nega que ele seja aquele quem
afirma ser ou que seu evangelho seja a mensagem verdadeira? Se o negar e se envergonhar dele; se a pregação da cruz é tolice para você, então está entre os que perecem.

Admiração não é suficiente. Dizer que aprecia a Cristo e o serve não é suficiente. Muitos no caminho largo admiram Jesus, mas não atravessaram a porta estreita. Não foram com o coração partido e contrito. Não chegaram esmagados pelo peso da lei de Deus com uma atitude penitente, admitindo sua verdadeira condição desesperada e condenada, clamando por salvação da única fonte: o Senhor Jesus Cristo.

O Senhor diz: "Se você não me conhece nos meus termos, eu não o conheço de maneira nenhuma. Se não veio com arrependimento e convicção de seu próprio pecado, em abandono de si mesmo com tal desespero que você grita por salvação e retidão do céu, qualquer que seja o custo, então você não passou pela porta estreita. Não veio humildemente buscando perdão, sabendo que não o merece". Você praticamente se envergonhou de Jesus e das palavras dele, e o encontrará envergonhado de você.

Ninguém pode trazer o seu mundo e entrar pela porta estreita.