terça-feira, 16 de agosto de 2011

Neemias 11


Neemias 11

Ne.11: 1a3- “Os líderes do povo habitaram em Jerusalém”. Esta foi uma atitude sábia e importante dos líderes, pois a cidade de Jerusalém estava, ainda , em faze de reconstrução, havia muitas ruínas, o comércio, a segurança e o conforto eram precários, de forma que seria muito mais cômodo e conveniente morar nas cidades ao redor,
elas possuíam melhor infra-estrutura. Temos, nesta atitude dos líderes, um excelente exemplo, pois abriram mão da conveniência e do bem estar em prol do Reino de Deus. O povo sempre irá necessitar de líderes que não apenas indiquem o que fazer, mas façam juntamente.

O desejo de Deus era que Jerusalém fosse o testemunho terreno de Deus na antiga aliança. Vemos em Ne.1: 9 e Dt.16: 6 que o Senhor havia ordenado a existência de um lugar para os sacrifícios e para o culto. Isso não poderia ser modificado conforme a
inspiração ou vontade do homem, uma ordenança de Deus deve ser obedecida
sempre, não importa que ela não pareça lógica aos olhos humanos. Desta forma,
coube aos líderes do povo a atitude de habitar em Jerusalém e cuidar da completa reconstrução da cidade santa que Nosso Deus escolhera para Sua habitação e testemunho sobre a terra.

Hoje precisamos de líderes capazes de dar bons exemplos de sacrifícios ao povo de Deus. Temos visto líderes que até pregam sobre oração e jejum, mas nunca praticam com veemência o que ensinam. Hoje a prática diária da oração, na grande maioria dos cristãos professos não passa de quinze minutos. Isso é muito lamentável, pois Deus
espera que sejamos como os primeiros líderes da Igreja que davam o exemplo
deixando os demais afazeres para dedicar-se à prática da oração e do estudo da
Palavra que era a prioridade da Igreja nos tempos antigos (Atos6: 4), mas parece
que, no que se refere ao moderno tempo presente, diz-nos o Espírito de Santo:
“Salvai-vos desta geração perversa”(Atos2: 40).

Ne.11: 4a6- “Quatrocentos e sessenta e oito homens valentes”. Assim eram classificados aqueles que decidiam obedecer ao Senhor não importando as circunstâncias.

Ne.11: 23. “Porque havia um mandato do Rei acerca deles, e uma certa regra para os cantores”. Aqui, podemos ver, uma perfeita ordem para o culto, pois aquilo que o Rei Davi havia estabelecido na casa do Senhor, SEISCENTOS anos antes deste episódio, ainda deveria ser obedecido com a mesma diligência. Nada estava aberto à criatividade carnal humana, os cantores  não poderiam desfilar seus egos em meio ao palco, deveriam apenas obedecer sendo que Deus era o único a receber as homenagens e os aplausos, somente Deus é digno de ser Ovacionado, Glorificado e Exaltado.

Ne.12: 1e8- Zorobabel, era o sacerdote que liderava os demais. Esdras estava com ele e, provavelmente deveria ser um sacerdote-escriba, pois muitos acreditam que ele tenha escrito o livro que leva seu nome, uma parte do livro de Crônicas e, também o livro de
Neemias, pois  deve  ter  tido  acesso  ao diário  de Neemias  de  onde tirou muitas
informações e, segundo o livro apócrifo de 2Macabeus 2: 13-15, ele teve acesso à
biblioteca de documentos escritos reunida por Neemias.

Ne.12: 26- Aqui temos um esclarecimento sobre os dias do governador Neemias e do sacerdote Esdras, o escriba. Os escribas possuíam a belíssima e nobre função de fazer cópias das escrituras sagradas e de preservar e guardar seus originais, seu trabalho era
maravilhoso e santo e graças a eles, com a ajuda e supervisão de Nosso Deus a
Bíblia foi preservada intacta até os nossos dias.

Ne.12: 27a31- “Purificaram os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, as portas e o muro”. Que maravilhoso ensino temos aqui; uma grande festa de consagração
estava sendo ofertada ao Senhor para a inauguração dos muros da cidade, havia,
então, uma solene preocupação com a opinião de Deus acerca do que iam fazer.
Então, a primeira e mais nobre atitude foi a purificação de tudo e de todos que se ofereceriam ao Senhor, não só as pessoas deveriam se purificar, mas também os objetos e utensílios. Quão lamentável ver que em nossos dias já não ocorre essa preocupação, antes, de tudo o que se oferece ao Senhor, a grande preocupação é com aquilo que o
público poderá gostar, independente da Soberana Vontade de Deus. Partem da
terrível e enganosa máxima popular: “se eu gosto, Deus também gosta”. Isto é
algo que jamais encontraremos na Palavra de Deus, pois ela nos ensina que
enganoso e perverso é o coração do homem com seus sentimentos (Jr.17: 9).

Ne.12: 43- “Ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria”. Que ensino maravilhoso o Espírito Santo nos dá
nesta tão rica passagem: Eles fizeram sacrifícios de louvor e adoração ao Senhor, exaltaram ao Senhor segundo o ensino dos escribas e sacerdotes, segundo os ritos estabelecidos pelos antigos reis David e Salomão, certamente eleshaviam aprendido muitos ritmos e estilos na Babilônia dos caldeus, eles haviam passado lá 70 anos, tempo suficiente para uma geração inteira ter nascido em um novo tempo e nova cultura, pois estavam na caldéia; mas este povo não se dobrou às circunstâncias, não se moldou ao estilo caldeu de ser, não abandonou seus antigos cânticos e ritos, eles não assimilaram o mundo para influenciar o mundo, eles se santificaram e se separam de tudo o que haviam visto na Babilônia. Sentiram grande alegria no culto prestado ao Senhor, não porque os ritmos e práticas estimulassem suas sensações carnais, mas porque DEUS OS
ALEGRARA com grande alegria. Como é maravilhosa a ação do Espírito de Deus
comunicando ao nosso espírito, testificando as coisas santas e nos ensinando acerca dos louvores agradáveis a Deus “Conforme ao mandado de Davi e de seu filho Salomão”(Ne.12: 46). Nada era inventado pela mera criatividade humana, havia uma liturgia pré-estabelecida, havia uma ordem dada a mais de 600 anos, ninguém achou que os ensinos dos pais estava antigo demais, antes, pelo contrário, honraram ao Senhor obedecendo nos detalhes, preocupados em agradar a Deus primeiro e deixando que Deus alegrasse o povo com santa alegria vinda do alto, não com frenesi vindo do mundo e das emoções carnais.

Irmão Acyr

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