sábado, 14 de abril de 2012

Gênesis capítulo 7

Gn7: 1a5 - Depois disse o SENHOR a Noé:
Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração. De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea. Também das aves dos céus sete e sete, macho e fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra. Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz. E fez Noé conforme a tudo o que o SENHOR lhe ordenara.
Noé sentiu alguma ansiedade quanto as ondas do julgamento divino? Nenhuma absolutamente. Flutuou em paz sobre as águas em que “toda a carne” foi julgada. Fio posto em lugar fora do alcance do julgamento. Podia ter dito na linguagem de Romanos 8: 31- “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Ele foi convidado por Deus a entrar na arca: “Entra tu e toda a tua casa na arca”. E depois de ter Noé tomado seu lugar na arca, lemos: “e o Senhor a fechou por fora”.
Aqui estava a segurança perfeita para todos os que estavam dentro da arca. O Senhor guardava a porta e ninguém podia entrar na arca e nem sair dela sem Sua permissão. Só havia uma porta e uma janela na arca. A porta o Senhor fechara, mas a janela, que ficava em cima (Gn.6: 16), deixara destrancada para que Noé pudesse abrir quando desejasse olhar para cima, para o céu de onde veio tão grande julgamento sobre a “toda a carne” e também, tão grande salvação sobre sua família. Eles não tinham como olhar para baixo, para as águas e a destruição e morte que elas haviam causado, pois a salvação de Deus, a “madeira de Gofer”, estava entre eles e condenação.
Nada pode ilustrar melhor a segurança de um crente em Cristo do que estas palavras, “e o Senhor o fechou por fora”. Quem poderia abrir o que Deus fecha? A família de Noé estava completamente segura. Da mesma forma, quem pode tomar as chaves das mãos de Cristo! Quando Dele se diz: Apoc-3:7- “E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre”. Ele tem em suas mãos “as chaves da morte e do inferno” (Apoc.1: 8). Ninguém pode entrar ou sair dos portais da sepultura sem contar com Ele. Ele tem “todo o poder no céu e na terra” (Mt.28: 18). N’Ele o crente está perfeitamente seguro.
Pensemos um pouco, agora, acerca daqueles que ficaram do lado de fora da arca. A mesma mão que havia fechado Noé na arca, tinha-os deixado fora, e era tão impossível aos que estavam fora entrarem ela, como para os que estavam dentro, sair. Aqueles estavam irremediavelmente perdidos, estes estavam eficientemente salvos. A longanimidade de Deus e o testemunho do Seu servo tinham sido desprezados. As coisas temporais tinham absorvido toda suas vontades e desejos. “Comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca e veio o dilúvio e consumiu a todos” (Lc.17: 27). Todas essas coisas não são más em si mesmas, são boas e podem ser feitas e praticadas no temor de Deus por meio da fé. Como diz o Espírito Santo: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (ICor.10: 31). Mas
eles não agiam assim, haviam deixado Deus de fora de seus planos, pensavam,
falavam e atuavam por si mesmos, “......toda a imaginação dos pensamentos de
seu coração era só má continuamente”; Fizeram a sua própria vontade e
esqueceram Deus.
Algo que precisamos atentar acerca da mensagem do dilúvio em nossos dias, é aquilo sobre o que nos adverte o Senhor Jesus: “E como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt.24: 37). Temos visto muitos discursos, até mesmo dentro das Igrejas, que falam de um mundo melhor, um mundo que pode melhorar a cada dia, cheio de justiça retidão e que talvez a Igreja possa se ocupar de uma cadeira nesta construção. Mas o que nos diz o Senhor Jesus? Ele nos diz: “Assim como nos dias de Noé....”. Em que condições achava-se o mundo nos dias de Noé? A justiça dominava? A Verdade de Deus reinava sobre os homens? A Sagrada Escritura responde: “A terra......encheu-se de violência; Toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra; a terra ......estava corrompida diante da face de Deus”. Pois bem, “assim será também nos dias do Filho do Homem”.
Assim, basta ter um coração obediente à Palavra de Deus para não se render a
opiniões humanas preconcebidas e entender como deverá ser e, já tem sido, o
estado do mundo nos dias do retorno de nosso Senhor para arrebatar a Igreja e dar início ao dilúvio da grande tribulação. Serão dias terríveis de grande
dificuldade para a Igreja. Muitas acusações e, muita luta, para se manter a
santidade e as convicções doutrinárias, pois a Igreja terá que caminhar em
franca oposição ao mundanismo e materialismo, sempre crescente, em um mundo
cada vez mais corrompido.
Sem dúvida, assim como nos dias de Noé, o homem mostra bastante esforço e energia em tornar o mundo um lugar agradável, porém isso era uma coisa muito diferente torná-lo um lugar conveniente para Deus. O homem está ocupado em remover as pedras do caminho da vida humana, e torná-lo o mais liso possível; mas isso, nem de longe é “endireitar no ermo vereda a nosso Deus” (Is.40: 3). Nem tão pouco é aplainar o que é áspero para que toda a carne veja a salvação do Senhor. A civilização prevalece; porém civilização não é justiça. A varredura e o embelezamento continuam; mas não é com o fim de preparar casa para Cristo, mas sim para o anti-cristo. A sabedoria do
homem é empregada com o fim de cobrir, com as dobras da sua própria roupagem os defeitos e manchas da humanidade; contudo, embora cobertas, não são tiradas!
Encontram-se tapadas, e em breve aparecerão com deformidade mais repugnante do que nunca.
O Senhor decretou: “O fim de toda a carne é vindo perante a minha face”(Gn6: 13). Esta sentença foi (no dilúvio) e ainda será executada, ela é irrevogável, ela se cumprirá quer seja por aqueles que são “crucificados com Cristo” (Rom6: 4a6), ou por aqueles que rejeitam ao Senhor e serão consumidos no juízo (Apoc.19: 15e21). Embora a voz dos escarnecedores possa ainda dizer, “onde está a promessa da Sua vinda?
Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o
princípio da criação” (IIPe.3: 4), mas o momento em que receberão resposta se aproxima rapidamente, pois “...o Dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (IIPe.3: 4a10). Pela fé compreendemos que, antes que o mal atinja seu ponto culminante pelas mãos do anti-cristo e, antes da destruição e juízo completo do Senhor sobre toda carne e impiedade, o remanescente fiel irá encontrar seu “Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (ITs.4: 17). A Igreja de Deus não espera a ocasião do mundo arder em brasas, mas o aparecimento as “resplandecente estrela da manhã” (Ap.22: 16).
IICor.6: 2- (Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação); agora é o tempo da graça, da perfeita salvação. Precisamos apontar aos perdidos a arca de escape do juízo vindouro pois “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputado os seus pecados” (IICor.5: 19). Agora Deus perdoa o pecado por meio da Cruz, mas então puni-lo-á, no inferno, e isso para sempre. Agora é o tempo aceitável para salvação.
IIPed.3: 15- E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada. IIPed.3: 9-O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
Por tudo isso, compreendemos que vivemos um momento de grande seriedade – Pura graça proclamada – pura ira pendente! Esta é a responsabilidade solene de cada crente, por cuidar que não caia e por anunciar o evangelho a todos aqueles que ainda desconhecem o perigo que ronda os que se perdem.

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