quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

As implicações do livre-arbitrio- C. H. Spurgeon

De acordo com o esquema do livre-arbítrio, o Senhor tem boas intenções,
mas precisa aguardar como um servo, a iniciativa de sua criatura, para
saber qual é a intenção dela. Deus quer o bem e o faria, mas não pode,
por causa de um homem indisposto, o qual não deseja que sejam realizadas
as boas coisas de Deus. O que os senhores fazem, senão destronar o
Eterno e colocar em seu lugar a criatura caída, o homem ?

Pois, de acordo com essa teoria, o homem aprova, e o que ele aprova torna-se oseu destino. Tem de existir um destino em algum lugar; ou é Deus ou é o
homem quem decide. Se for Deus Quem decide, então Jeová se assenta
soberano em seu trono de glória, e todas as hostes Lhe obedecem, e o
mundo está seguro. Em caso contrário, os senhores colocam o homem em
posição de dizer: "Eu quero" ou "Eu não quero. Se eu quiser, entro no
céu; se quiser, desprezarei a graça de Deus. Se quiser, conquistarei o
Espírito Santo, pois sou mais forte do que Deus e mais forte que a
onipotência. Se eu decidir, tornarei ineficaz o sangue de Cristo, pois
sou mais poderoso que o sangue, o sangue do próprio Filho de Deus.
Embora Deus estipule Seu propósito, me rirei desse propósito; será o meu
propósito que fará o dEle realizar-se ou não".

Senhores, se isto não é ateísmo, é idolatria; é colocar o homem onde Deus deveria estar. Eu me retraio, com solene temor e horror, dessa doutrina que faz a maior das obras de Deus - a salvação do homem - depender da vontade
da criatura, para que se realize ou não. Posso e hei de me gloriar neste
texto da Palavra, em seu mais amplo sentido: “Assim, pois, não de pende
de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”
(Romanos 9: 16).

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