quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Gênesis capítulo 2

Gen.2: 1 a 3-
O Senhor abençoou e descansou no sétimo dia. O Senhor contemplava toda a perfeição de Sua obra. Ele teve o Seu descanso pois nada mais havia para ser feito, tudo estava pronto em perfeito e santo equilíbrio. “As estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus
rejubilavam” (Jó38: 7). Depois disto, lemos que Deus ordenou ao homem que guardasse o sábado, e que o homem falhou completamente em o fazer; mas nunca mais lemos as palavras, “Deus descansou”; pelo contrário, o Senhor Jesus disse: “.....Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também” (Jo5: 17). O Sábado, no sentido próprio e exato do termo, só podia ser celebrado no meio de uma criação imaculada – uma criação na qual não podia ser discernida nódoa de pecado. Deus não pode ter descanso onde há pecado; necessitamos apenas olhar em nossa volta para podermos compreender a impossibilidade absoluta de Deus ter um descanso na criação agora. Os espinhos e cardos,
juntamente com milhares de outros frutos tristes e humilhantes de uma criação em gemidos, levantam-se perante nós e declaram que Deus deve estar a trabalhar e não a descansar (Gen.3: 17e18; Rom.8:19a21). Poderia Deus ter descanso no meio dos suspiros, das lágrimas, dos gemidos e das dores, as enfermidades, a morte, a degradação e culpa de um mundo arruinado? Poderia Deus assentar-Se, na realidade, e celebrar um sábado no meio de tais circunstâncias?(Heb.4:4,5,9e10) O Descanso do sábado foi interrompido e, desde a queda até a encarnação, Deus não deixou de trabalhar; desde a encarnação até a cruz, Deus o filho trabalhou; e desde o Pentecoste até esta data, Deus o Espírito Santo tem estado trabalhando. Certamente que Cristo não teve descanso
quando esteve no mundo. É verdade que Ele acabou a sua obra – porém, onde passou Ele o dia de Sábado? No sepulcro! Sim, O Senhor, O Deus manifestado em carne, Senhor e mantenedor de toda a criação e, também, do sábado, passou o sétimo dia no silêncio sombrio do túmulo. Poderia o
Filho de Deus passar o sétimo dia na sepultura se esse dia fosse para ser passado em paz e descanso, e de sentir que nada mais restava fazer? Impossível! O que fazia o homem enquanto o Filho de Deus estava na sepultura? Guardava o sábado! Que pensamento! Cristo na sepultura para reparar um sábado quebrado, e no entanto o homem procurando guardar o sábado como se ele não tivesse sido quebrado.
Guardavam um sábado do homem e não de Deus. Era um sábado sem Cristo – uma formalidade vazia, ineficaz, sem valor, porque era uma formalidade sem Cristo e sem Deus. “E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro...... Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei
que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito.”(Mt.28: 1,5,6). Que tremenda revelação temos aqui, no primeiro dia da semana, no raiar de um Novo Tempo, de um Novo Testamento, de uma nova dispensação, de uma Nova Aliança de Deus
com Seu povo, o Túmulo estava vazio. No Primeiro Dia da Semana, Ele ressuscitou dentre os mortos; Este não é um novo sábado, mas um dia inteiramente NOVO. É o primeiro dia de um novo período e não o último dia de um velho período. O sétimo dia está ligado com a terra e o
descanso terrestre; o primeiro dia da semana, pelo contrário, introduz-nos no céu e no descanso celestial. Há nisto uma diferença de princípios; Se guardamos o sábado, tornamo-nos desse modo criaturas terrestres, tanto mais que esse dia é, claramente, o descanso da terra – descanso da criação; porém, se eu sou ensinado pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo a compreender a significação do primeiro dia da semana, compreenderei imediatamente a sua ligação íntima
com a nova e celestial ordem de coisas, das quais a morte e ressurreição de Cristo formam o fundamento eterno. O sétimo dia pertencia a Israel e à terra. O primeiro dia da semana
pertence à Igreja e ao céu. Além disso, a Israel foi mandado guardar o dia de sábado: a Igreja tem o privilégio de desfrutar o primeiro dia da semana. O sétimo dia era o ensaio da condição moral de Israel; o primeiro dia a prova significativa da eterna da aceitação da Igreja.
Aquele manifestou o que Israel podia fazer por Deus; este declara perfeitamente o que Deus fez por nós. Como vemos em Apocalípse1: 10 -“ Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta”. O primeiro dia da semana, aqui referido, ou o dia do Senhor, mostra claramente, não o acabamento da criação, mas o triunfo perfeito e
glorioso da redenção. Vemos na história da Igreja primitiva uma clara distinção entre o sábado e o primeiro dia da semana. Os judeus reuniam-se em suas sinagogas, aos sábados para lerem a Lei e os profetas(Atos13: 14 e 17:2e3), os cristãos, guardavam o primeiro dia da semana, reunindo-se para “partir o Pão” (Atos20: 7 e ICor.16:2). Seria justo obrigar os cristãos a guardarem o dia em que o Senhor estava no sepulcro, ou o maravilhoso Dia em que Ele o deixou? (João20: 1e19,20;
Cl.2: 16; Lc.:24:1).“E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada,
sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pós-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco. E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco” (João1:1,19,26). É bem provável que se aqui estivesse escrito: “após sete dias Jesus apareceu”. Então alguém poderia entender que no sábado seguinte Ele voltou, mas, propositadamente, lemos que após oito dias Jesus retornou à reunião da Igreja, para que ficasse bem claro que Ele só voltaria no domingo
seguinte!! Não devemos supor que nós perdemos de vista que o sábado será guardado outra vez na terra de Israel e sobre toda a criação: será incontestavelmente: “.......resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb.4: 9). Quando o Senhor Jesus assumir a Sua posição de governo sobre
toda a terra (milênio), haverá um sábado glorioso – um descanso que o pecado nunca mais interromperá. Porém, agora, Ele é rejeitado, e todos os que O conhecem e O amam são chamados a tomar o seu lugar com Ele na Sua rejeição; são chamados para “sair fora do arraial, levando o Seu vitupério” (Hb13: 13). Agora, no entanto, vivemos a realidade de um sábado quebrado e a promessa de um descanso futuro que nos será dado na ressurreição. Apoc.7: 9a17: 9- Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;10- E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. 11- E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, 12- Dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.13- E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? 14-E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. 15-Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra.16- Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles.17-Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes
servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima. “As água da vida”- Que promessa maravilhosa temos aqui! Podemos ver claramente, a história da criação sendo recontada com um maior número de detalhes, omitidos na primeira narrativa.Gen.2: 4a17- Observemos que não havia chuva, apenas uma neblina, as águas não eram abundantes e não havia homem para cultivar a terra. Após a criação das plantas, do homem e de toda a vida, Deus fez um rio que saia do Édem para regar o Jardim. Que maravilhosa tipologia temos aqui acerca do Rio da Vida que procede do Senhor.Ex.17: 6 - Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairäo águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciäos de Israel.João 7: 37,38 - E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.38- Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. Salmo 46:4 - Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Podemos ver e Apocalípse 22: 1,2 e 14, o cumprimento do plano eterno do nosso Deus que matará, para sempre a nossa fome e sede de Justiça através do Rio da Vida que vem de Seu Santo trono. 1- E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.2-
No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações.
14- Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.Gen2: 17- Deus ordenara que Adão não se alimentasse de conhecimento do bem misturado com o mal. Deus avisou que disso procederia, irremediavelmente, a morte eterna. A vida de Adão estava pendente da sua obediência. Ele precisava aprender a confiar em Deus, ainda que não compreendesse a razão de tal ordem!O erro de Adão trouxe a morte, a obediência de Cristo nos trouxe a vida e estabeleceu o grande parâmetro: Gen.2:17- “..... no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. No Segundo Homem, em Cristo Jesus nos é dito “crê e viverás”, “aquele que crê no Filho, tem a vida eterna” (Jo.3: 36).
João5:24- “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. Ó sublime promessa, quando tudo era vida, a desobediência trouxe a morte, mas agora, quando
tudo é morte, o Crer em Cristo nos traz a vida. Gn.2: 18,20e21- “E disse o SENHOR Deus: Näo é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele...mas para o homem näo se achava ajudadora idônea. Entäo o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adäo, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar”. Que sublime revelação, o Senhor Deus deseja e estabelece para o homem um padrão, um ajudadora idônea, e vê que em toda a criação não se podia encontrar. Nosso Deus conhece a perfeição, Ele não permite nada menos que a perfeição. Ele decide criar a mulher. Ele é a complitude da obra, o elo perfeito para o primeiro homem. Para a mais profunda e perfeita união, Deus remove a mulher do próprio corpo de
Adão. Para que isso fosse possível, era necessário que Adão adormecesse em sono profundo. Quando acordou de seu sono Adão exclamou: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada”(Gn2: 23). Que sublime ordem de eventos.
Não foi isso que disse o Senhor Jesus acerca de sua crucificação e morte? Joao12: 32- E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. O Senhor estava dizendo que no sono de sua morte de cruz, do Seu corpo, de Seus ossos, de Sua carne, seria tirada A Mulher, a Noiva, a
Igreja – Ef.5: 30,32 Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Do sono profundo do primeiro homem (Adão) foi tirada a primeira mulher. Do sono da morte do segundo Homem (Cristo Jesus) foi tirada a segunda mulher, a Igreja. Em vista de tão sublime revelação, de tão maravilhoso
plano forjado por nosso Deus desde à eternidade, o que mais poderíamos fazer que não nos prostrarmos reverentes ao Rei dos reis, à Sua eterna Bondade e ao Sublime Amor com que nos amou e chamou a tão maravilhosa comissão.
Acyr.

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